7 espetáculos teatrais para assistir na última semana de novembro
Entre os destaques, Esperando Godot, clássico de Samuel Beckett, a última peça dirigida pelo mestre José Celso Martinez Corrêa
Por incrível que pareça, estamos prestes a entrar no último mês do ano – voou, não? – e, antes que as noites sejam tomadas por confraternizações com diferentes grupinhos, é tempo de ir ao teatro. Aliás, sempre é tempo de ir ao teatro. Confira os destaques em cartaz nas ribaltas cariocas.
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QComédia.
Misturando stand-up, dança, cenas e talk shows, Suzy Brasil estreia o espetáculo, celebrando a diversidade e a inclusão, com diversos convidados. Idealizado por Jaffer Soares e Marcelo Souza, intérprete da hilária personagem que estrela a performance, QComédia vai contar com a participação especial da atriz Maria Clara Gueiros. O elenco inclui Galba Gogoia, Rafa Brits, Rômulo Bellotti e Kibba. Um dos destaques é a esquete Cenas de Orgulho, que reúne o elenco e convidados em narrativas do cotidiano. Já o quadro Confronto das Bees traz drags competindo em desafios, dividindo-se em duas partes: uma competição de talentos e, na sequência, uma eletrizante performance de lipsync.
Teatro Clara Nunes. Shopping da Gávea – terceiro piso. Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea. Ter. (26), 20h. Ingressos a partir de R$ 40,00 (meia, balcão), pela Sympla.
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Esperando Godot.
Última peça dirigida por José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), o clássico de Samuel Beckett conta com Alexandre Borges, Marcelo Drummond e atores do Teatro Oficina no elenco. Zé Celso transformou a montagem numa obra urgente, potente e atualíssima, com a incorporação de temas e personagens que contracenam com a vida no Brasil de hoje. O trabalho marca também o reencontro do ator Alexandre Borges com o Teatro Oficina, após 30 anos. Estragão (Drummond) e Vladimir (Borges) são dois palhaços vagabundos que se encontram no fim do mundo, na encruzilhada entre a paralisia e a tomada da ação. Enquanto esperam Godot, embora não saibam quem ou o que é, a dupla se encontra com as personagens que passam pela estrada: Pozzo – O Domador (Ricardo Bittencourt), Felizardo – A Fera (Roderick Himeros) e O Mensageiro (Tony Reis), que traz notícias inquietantes que podem determinar a perpetuação da inércia ou a libertação total da paralisia numa reviravolta absurda. Mas afinal, até quando Esperar Godot?
Teatro Carlos Gomes. Praça Tiradentes, s/nº, Centro. Qui. e sex., 19h. Sáb. e dom., 17h. Ingressos a partir de R$ 40,00 (meia) pela Riocultura. Até 8 de dezembro.
É o Amor.
Estrelado pelo casal Aline Wirley e Igor Rickli, o musical mescla romance, música e humor com uma abordagem única sobre o afeto e as relações familiares, numa homenagem à diversidade cultural. O texto é de Pedro Brício. A montagem encerra a programação especial do mês da Consciência Negra do Teatro I Love PRIO.
Teatro I Love PRIO. Jockey Club Brasileiro. Avenida Bartolomeu Mitre, 1110, Leblon. Sex. (29) e sáb. (30), 20h. Dom (1º), 19h. Ingressos a partir de R$ 40,00 (meia), pela Sympla.
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Memórias de Terra e Água.
André Morais, multiartista paraibano, concebeu o espetáculo que explora no palco a dramaturgia cênica unida à linguagem musical. Acompanhado do músico Viktor Makeba, o ator evoca a ancestralidade e a prosa poética do escritor moçambicano Mia Couto, construindo uma ponte entre África, Brasil e o universo íntimo do artista. A dramaturgia, escrita pelo artista a partir dos contos do autor africano, tem uma ligação emocional com a memória de seu pai, homem de ascendência africana, morto há 8 anos. Essas histórias formam a ideia de uma única jornada, a do ser humano frente ao mistério de estar vivo. São abordados conceitos como finitude, desejo, ímpeto de vida e morte. A direção é de Lúcia Serpa.
Mezanino do Sesc Copacabana. Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana. Qui. a dom., 20h30. Ingressos a partir de R$ 7,50 (para associados do Sesc) Até 15 de dezembro.
Gabriela – O Musical.
Produzido pelo Ceftem, o musical é uma adaptação do clássico de Jorge Amado, dirigido por João Fonseca e Nellor Marrese. Na Ilhéus da década de 1920, a história acompanha Gabriela, uma jovem que, ao chegar na cidade, transforma a vida local com sua beleza, espontaneidade e liberdade. A obra explora as transformações de Ilhéus entre tradição e modernidade, em um espetáculo que se conecta com temas atuais, como a liberdade feminina e a luta pelos direitos das mulheres. O elenco é formado por 24 artistas que entoam músicas originais de Tony Lucchesi e João Fonseca e clássicos da MPB.
Teatro Dulcina. Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro. Sex. e sáb., 19h. Dom., 18h. Ingressos a partir de R$ 40,00 (meia) pela Sympla. Até 8 de dezembro.
O Dia Em Que Vão Embora.
O grupo Atores do Fim reúne artistas recém-formados pela Casa das Artes de Laranjeiras e leva aos palcos sua peça de estreia, com dramaturgia de Lara Bereta e direção de João Gofman. Explorando a metalinguagem, o espetáculo busca diluir fronteiras entre o real e o ficcional, já que os textos são extremamente pessoais. A personagem principal, Autora, tenta escrever uma peça navegando pelas memórias de cenas que ela mesma escreveu, mas que nunca terminou. No meio do caminho, em uma noite estranha, ela é confrontada pelo seu passado e pelo luto, através de personagens simbióticos, espelhos dos seus sentimentos, que organizam uma festa surpresa indesejada. Em cena, Bruno Jugend, Eduardo Soares, Júlia Nepomuceno, Lara Bereta, Marcela Garcia, Pedro Tabet, Raphael Montenegro e Rebeca Souza.
Sede da Cia dos Atores. Rua Manoel Carneiro, 12, Lapa. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. Ingressos a partir de R$ 25,00 (meia), pela Sympla.
O Rei do Rock – O Musical.
Após uma temporada de sucesso em terras paulistanas, o espetáculo chegou ao Rio a preços populares, com ingresso a 5 reais (a inteira). Idealizado, escrito, produzido e estrelado por Beto Sargentelli, a montagem nasceu da paixão do ator e cantor pelo ícone mundial Elvis Presley. A pesquisa durou sete anos. A história é permeada por todos momentos fundamentais da história de Elvis Presley, desde sua primeira gravação aos 18 anos, quando ainda era um jovem tímido de Tupelo, no Mississippi, até o auge de sua fama e o triste fim de sua vida, aos 42 anos. Cada etapa da trajetória do ídolo é representada com sensibilidade e rigor histórico, sem deixar de lado o impacto cultural que o cantor teve no mundo da música e na sociedade como um todo.
Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, s/n, Centro. Sex., 19h. Sáb. e dom., 17h. Ingressos a partir de R$ 2,50 (meia) pelo site da Funarj. Até 8 de dezembro.