Dez motivos para visitar o Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Com atrações para toda a família, a reserva natural possui a maior rede de trilhas do país, além de vias para escalada, piscinas naturais e áreas de lazer
Um dos principais pontos turísticos da Região Serrana do Rio, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos é referência em todo o Brasil devido a seus atributos naturais e ao leque de opções a aventureiros dos mais variados estilos. Criado em 1939, foi ampliado em 2008 para a sua área atual, de 20.000 hectares de Mata Atlântica preservada. A reserva ocupa quatro municípios do estado: Petrópolis, Teresópolis, Guapimirim e Magé, sendo que os três primeiros têm sedes, cada uma com atrações únicas para o público.
Apesar de muito visitado no verão, quando as temperaturas são mais agradáveis, o inverno é a época ideal para determinadas atividades, como o montanhismo, já que, entre os meses de junho e setembro o risco de tempestades e raios é menos e as baixas temperaturas agradam mais os esportistas, chegando à média de 0°C nos cumes. Confira abaixo dez motivos pelos quais você deve conhecer o local:
1) Pico do Dedo de Deus
Com 1692 metros de altitude, o Pico do Dedo de Deus é um símbolo do estado do Rio de Janeiro, figurando na bandeira e no brasão do mesmo. Seu contorno se assemelha a uma mão apontando o dedo indicador para o céu e, em dias de tempo bom, é possível visualizá-lo da capital, por trás da ponte Rio-Niterói.
2) Rico ecossistema
O Parque é o único do Brasil que abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, além de 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis. Entre eles, estão 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local). Entre as espécies encontradas está o Muriqui, maior primata das Américas, atualmente ameaçado de extinção.
3) Trilhas para todos os gostos
O parque conta com a maior rede de trilhas do Brasil. São 130 quilômetros, com graus de dificuldade diversos. Uma das principais atrações do local é a trilha suspensa de 1,3 quilômetros de extensão e nove metros de altura. Trata-se de uma ponte, acessível inclusiva a cadeirantes, que permite um passeio diferente na altura das copas das árvores e a chance de admirar paisagens de um ponto de vista único.
As trilhas mais curtas são completadas em até duas horas. Uma delas recebeu o nome de “trilha cartão postal” devido à beleza natural da caminhada, que proporciona ao visitante um novo ângulo de observação do famoso Dedo de Deus, do meio da floresta.
4) Paraíso dos alpinistas
Excelente escolha para as escaladas, o parque conta com vias e big walls – paredes cuja subida exige mais de um dia – que estão entre as melhores e mais desafiadoras do país. São mais de 130 vias de escalada, a maioria com acesso gratuito. Alguns dos destaques são a Pedra do Sino, em especial a via Terra de Gigantes; o Dedo de Deus, com 1692 metros de altitude; e a Agulha do Diabo, eleita uma das quinze melhores escaladas em rocha do mundo.
5) Diversão para a criançada
No Centro de Visitantes, localizado na sede de Teresópolis, há uma maquete do parque com informações sobre a fauna, a flora os principais pontos de atração do parque. Na sala interativa, os pequenos podem conhecer os mamíferos e aves que vivem na Mata Atlântica através de painéis multimídia, em que é possível clicar no animal e ouvir seu rugido ou canto, tornando o passeio lúdico muito mais real e divertido. O parque conta ainda com áreas de piquenique e trilhas mais leves, além de cafeteria e loja de lembranças.
6) Cachoeiras e piscinas naturais
O parque abriga o maior número de quedas d’água do estado, com grande variedade de cachoeiras e piscinas naturais que são diversão garantida para toda a família. Entre as quedas d’água mais famosas estão as duas batizadas de Véu de Noiva, sendo a de Petrópolis a mais famosa, com 42 metros de altura. A outra está situada na sede Teresópolis, na trilha da Pedra do Sino.
7) Acampamento nas montanhas
O parque conta com campings para os aventureiros que quiserem aproveitar para acampar em meio à natureza. São duas áreas na sede de Guapimirim e uma na de Teresópolis. Os espaços contam com infraestrutura com banheiros e lava pratos. É possível ainda alugar as barracas no próprio parque.
8) Um pouco de história
Na sede de Guapimirim é possível conhecer um pouco mais da história da reserva natural. Em um casarão restaurado do século XIX abriga uma espécie de museu, onde os visitantes podem conferir fotos, informações e uma maquete de toda a área do parque, além de material especializado sobre meio ambiente e videoteca.
9) Excursão na mata
Para os adeptos do trekking, existe uma trilha entre Teresópolis e Petrópolis. A distância de 30 quilômetros pode ser percorrida em até três dias de subidas e descidas pela parte alta das montanhas. No trajeto há dois abrigos e áreas de camping, onde é possível alugar barracas. A visita precisa ser agendada e contar com o apoio de um guia profissional. O parque indica para os visitantes guias aprovados pela Associação de Guias, Instrutores e Profissionais de Escalada do Estado do Rio de Janeiro – AGUIPERJ. Muitos montanhistas preferem fazer o trajeto no inverno, já que o risco de tempestades e raios é menor.
10) Pedra do Sino
Bela opção para os visitantes mais bem dispostos, uma a trilha de onze quilômetros leva à Pedra do Sino, o ponto culminante da Serra dos Órgãos, com mais de dois mil metros de altura. Do alto da Pedra, a vista alcança toda a Baía de Guanabara, a cidade do Rio de Janeiro e parte do Vale do Paraíba. As duas cachoeiras no caminho são boas opções de parada. Nos dias mais frios, a temperatura nos cumes pode chegar à média de zero grau.
O Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO) abre diariamente, das 8h às 17h. Os ingressos custam R$ 12,50 para brasileiros; R$ 25 para estrangeiros; e R$ 2,50 para moradores dos municípios do parque. Crianças com menos de 12 anos e maiores de 60 anos não pagam. Mais informações no site www.parnaso.tur.br.
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