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Sexo (ainda) frágil

Ao abordar o casamento arrranjado, Casarão ao Vento investe num tema promissor, mas peca pelo enfoque panfletário

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 dez 2016, 13h51 - Publicado em 5 fev 2014, 19h28

Criado em 2006, o concurso Seleção Brasil em Cena tem se destacado pela revelação de autores iniciantes, sendo que, em vez de um valor em dinheiro, o prêmio contempla a montagem do texto vencedor. Na última edição, o escolhido foi um estreante: o paulista Francisco Alves, com o drama Casarão ao Vento. Atemporal e sem localização geográfica ? sugere-se, entretanto, uma cidade interiorana no século XIX ?, a trama acompanha os preparativos de três irmãs para seus casamentos, arranjados pelo pai. Laurinha (Ana Catharina Vicente), a caçula, ainda brinca com bonecas e não entende de fato a sua situação; a libertária Isaura (Julia Stockler, destaque no elenco) rebela-se contra os desígnios do patriarca; e a primogênita Vitória (Anita Salgado), conformada, afina-se com o discurso retrógrado da governanta Matilde (Marina Magalhães). Em que pese a nobre intenção de abordar a sujeição feminina em uma sociedade machista, o texto soa demasiadamente panfletário. Dirigido por Marco André Nunes, o elenco (completado por Julia Gorman e Felipe Cabral) contorna o problema só em parte, escorado pelo deslumbrante visual ? obra do cenógrafo e figurinista Marcelo Marques e do iluminador Renato Machado (70min). 18 anos. Estreou em 4/1/2014.Centro Cultural Banco do Brasil ? Teatro III (97 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Quinta a segunda, 19h30. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 9h (qui. a seg.). Até 10 de fevereiro.

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