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Última chance! Carangueja, 60 dias de neblina e outras peças se despedem

Os espetáculos Antes Que Eu Me Esqueça, A História É Uma Istória. Mãe Arrependida e Noel Rosa: Coisa Nossa também estão em fim de temporada

Por Kamille Viola
Atualizado em 21 set 2023, 15h16 - Publicado em 21 set 2023, 15h16
Juliana Didone é uma mulher branca de cabelos louros. Ela veste macacão justo cor de terra e está deixada sobre uma poltrona forrada por bichinhos de pelúcia.
60 Dias de Neblina: Juliana Didone é dirigida por Beth Goulart no monólogo sobre a maternidade (Pino Gomes/Divulgação)
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60 Dias de Neblina

Com texto de Renata Mizrahi, livremente inspirado no livro homônimo Rafaela Carvalho, o espetáculo aborda com humor e leveza as alegrias e descobertas de Luísa (vivida por Juliana Didone), uma mãe de primeira viagem, às voltas com os meses iniciais da maternidade e seus desafios: as noites maldormidas, a amamentação e as inseguranças em relação à autoestima, entre muitas outras questões desse período de angústias e alegrias. A direção é de Beth Goulart.

Teatro Gláucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana. Sáb. e seg., 20h. Dom., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até segunda (25).

Animal na Contramão

O espetáculo, que celebra os 28 anos da Cia.2 de Teatro, é uma mistura de teatro, dança contemporânea, butô, canto e literatura. Sob a direção de Bruno Caldeira, Gustavo Rizzotti, que também, assina o roteiro, é o ator/performer que mergulha em um mundo de contrastes, levando a plateia a refletir sobre a própria existência e a expandir a consciência.

Espaço Rogério Cardoso. Casa de Cultura Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Sex. e sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até domingo (24).

Antes Que Eu Me Esqueça

No espetáculo solo, após sofrer um acidente de carro, o músico Walter (Renato Peres) é diagnosticado com alzheimer. Prestes a ver suas lembranças irem desaparecendo, ele tenta registrar e recuperar suas lembranças por meio de áudios, fotos e vídeos, o que leva a uma reflexão sobre o cérebro e a busca pela memória. A dramaturgia é de Mariana Pantaleão, que também assina a direção, e de Matheus Rodrigues.

Teatro Ruth de Souza. Centro Cultural Municipal Glória Maria (antigo Parque das Ruínas). Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Sáb. e dom., 15h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Rio Cultura. Até domingo (24).

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Carangueja

No monólogo, uma mulher (Tereza Seiblitz), que não sabemos de onde vem ou a que tempo pertence, é atravessada por múltiplas vozes, que ouvimos como se estivéssemos dentro de sua cabeça. Entre elas, há desde uma voz de locução de aeroporto até um radialista que ensina uma receita. As vozes falam de diferentes formas através do corpo da mulher e vão desenhando pistas do que está acontecendo. Uma espécie de metamorfose vai se dando ao longo da ação, levando essa mulher a viver num limiar entre humano e crustáceo, entre mulher e carangueja. A peça tem texto e idealização de Tereza Seiblitz de e direção de Fernanda Silva.

Teatro Ipanema. Rua Prudente de Morais, 824. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo site Rio Cultura. Até domingo (24).

A História É Uma Istória

O texto traz o humor peculiar de Millôr Fernandes (1923-2012), em montagem com direção de Ernesto Piccolo. Com Bruno Ahmed, Bruno Suzano e Paula Barros no elenco, o espetáculo conta a trajetória da humanidade de forma crítica, bem-humorada e irônica, traçando uma linha do tempo que vai da pré-história e passa por diversos momentos considerados importantes (questionando ídolos e os chamados grandes feitos da civilização), chegando à situação política recente.

Casa de Cultura Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h.  R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até domingo (24)

Mãe Arrependida

O monólogo expõe de forma bem-humorada o lado sombrio da maternidade, pondo em evidência um dos maiores tabus em torno da experiência: o arrependimento que muitas mães vivenciam. Convidando a plateia à cura e  à transformação, a peça busca trazer reflexões que possibilitem o surgimento de uma maternidade que seja exercida de forma mais leve. O espetáculo é dirigido por Joana Lerner e Pâmela Côto, que dividem o texto com a atriz Karla Tenório, protagonista do solo.

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Teatro Gláucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana. Qua., 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até quarta (27).

Noel Rosa: Coisa Nossa

O musical Noel Rosa: Coisa Nossa comemora os 110 anos do compositor com texto de Geraldo Carneiro e direção de Cacá Mourthé. Alfredo Del-Penho, que também assina a direção musical, e Fabio Enriquez dão vida ao personagem, acompanhados por um grupo de choro-samba. A trama passeia pela trajetória do Poeta da Vila, que deixou mais de 200 músicas, apesar da morte precoce, aos 26 anos. Além de Noel, a peça mostra sua mãe (Dani Câmara) e principais amores, Lindaura (Julie Wein) e Ceci (Dani Câmara).

Teatro Prudential. Rua do Russel, 804, Glória. Sáb., 20h. Dom., 17h. R$ 45,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. Até domingo (24).

Pipas

O espetáculo da Cia. Contra Bando de Teatro e Outras Patifarias é baseado em histórias reais de mulheres que vivem no Complexo do Alemão, onde o grupo foi criado há dez anos. No palco, a jovem Cláudia (Nilda Andrade, que também assina o texto), que lida com os desafios e as alegrias da favela onde mora quando vê seus sonhos e planos frustrados por uma gravidez não planejada, aos 15 anos. A direção artística é de Rohan Baruck.

Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro. Sex. a dom., 19h. Grátis. Até domingo (24).

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A Quebra

Com dramaturgia de Regiana Antonini, a peça tem como tema central os abusos sexuais contra menores cometidos por membros da Igreja Católica. Um jornalista descobre que uma série de suicídios de jovens está ligada a uma teia de pedofilia na maior organização religiosa do mundo. Ele denuncia os abusadores e aqueles que os defendem. O espetáculo, traz, ainda o relato de uma das vítimas. Jayme Periard, que celebra quarenta anos de carreira, se reveza entre os quatro personagens: o cardeal, o jornalista, o padre e a vítima.

Teatro das Artes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente 52. Seg. e ter., 20h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Divertix. Até ter. (26).

Se Não Agora, Quando?

Com direção de Leonardo Hinckel e texto e atuação de Marcélli Oliveira, o monólogo traz uma mulher que, depois de ver todos os seus planos frustrados, se alimentar de acompanhar a vida dos vizinhos do edifício em frente. Quando até isso perde a graça, ela decide se matar. Até que, uma luz se acende no outro prédio e ela tem uma surpresa que a deixa curiosa.

Teatro Ipanema. Rua Prudente de Morais 824. Ter. e qua., 19h. Grátis. Até quarta (27). 

Só Vendo Como Dói Ser Mulher de Tolstói

Escrito por Ivan Jaf, estrelado por Rose Abdallah, dirigido por Johayne Hildefonso e com música original de André Abujamra, o monólogo mostra o lado obscuro do casamento entre Sofia Tosltói e o célebre escritor russo Liev Tosltói. Em cena, uma atriz prepara-se para entrar em cena no papel a mulher. Alternando a rússia do início do século XX e o Brasil do século XXI, o espetáculo mostra que os 48 anos de relacionamento dos dois foram marcados por machismo e abusos.

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Teatro Rogério Cardoso. Casa de Cultura Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema. Qua. e qui., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo site da Funarj. Até quinta (21).

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