Diferentes vertentes da arte contemporânea invadem Ipanema
Galeria Nara Roesler apresenta potentes criações de Cristina Canale, Virgílio Neto, entre outros artistas. Laura Alvim recebe obras feitas de tecido
A arte contemporânea ganha espaço em duas exposições em Ipanema, Zona Sul do Rio. Em uma delas, o destaque é a pouco conhecida arte têxtil. Confira os detalhes abaixo.
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Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil.
Até o dia 25 de julho, a galeria de arte da Casa de Cultura Laura Alvim apresenta 22 trabalhos de 16 artistas brasileiros e estrangeiros.
“Nos painéis, o resultado é surpreendente, as pessoas nem acreditam que o que estão vendo é feito com milhares de pedacinhos de tecido. Quando vistas de longe parecem pinturas”, conta Zeca Medeiros, curador da exposição.
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Dentre os brasileiros, destaque para obras das artistas plásticas Verônica Filipak e Claudia Dias. Elas fazem parte de um grupo seleto de brasileiros que nos anos 70 se apropriou das fibras de tecido para criar obras de arte, algumas expostas em museus ao redor do planeta. O mineiro Hélio Brito apresenta uma criação impactante, inspirada no desastre de Mariana.
Av. Vieira Souto, 176, Ipanema. Ter. a dom., 13h/18h. Grátis. Até 25 de julho. Outras informações no site da instituição.
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Electric Dreams – galeria Nara Roesler
Sob curadoria de Raphael Fonseca, a mostra apresenta um grupo de dez artistas de diferentes gerações e regiões do país, cujos trabalhos fazem menção ao corpo humano, ao mesmo tempo em que evocam uma atmosfera onírica.
O sonho torna-se, então, o espaço de encontros que nos parecem impossíveis, o lugar onde vivenciamos experimentações sensoriais movidas pelo desejo, sem limitações da matéria. As cores vibrantes dos trabalhos selecionados para a mostra evidenciam essa vontade do curador.
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O corpo, lembra Fonseca, aparece não só como tema nos desenhos, pinturas e instalações que ocupam a galeria, mas também como indício de um gesto criador, da fatura que passa pela mão, que demanda negociações entre dois corpos, o do artista e o do suporte. Nesse sentido, sonhar torna-se não um escape da realidade, mas um modo de resistência.
As obras são de Ana Cláudia Almeida, Victor Arruda, Thiago Barbalho, Lia Menna Barreto, Cristina Canale, J. Cunha, Virgílio Neto, Renato Pera, Kauam Pereira e Maya Weishof.
Rua Redentor, 241, Ipanema. Visita sob agendamento, pelo site da galeria. Grátis. Até 14 de agosto.