Nem tudo é perfeito

Inspirado em episódio real, 12 Anos de Escravidão tem força e aborda um assunto raro no cinema, mas possui algumas falhas

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 13h49 - Publicado em 26 fev 2014, 21h10
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divulgaçÃo (Redação Veja rio/)
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AVALIAÇÃO ✪✪✪

Desde que foi apresentado no Festival de Toronto, em setembro do ano passado, 12 Anos de Escravidão vem sendo apontado como favorito ao Oscar ? e é mesmo, ao lado de Gravidade. Foram vários troféus adquiridos em premiações nos Estados Unidos e muita badalação em torno do longa. Assim como Clube de Compras Dallas (veja na pág. 88), o trunfo está no assunto raras vezes abordado no cinema. Inspirada na trajetória real de Solomon Northup, extraída do livro escrito por ele e publicado em 1853, a história enfoca o período em que esse negro nascido livre virou escravo. Em 1841, Solomon (papel de Chiwetel Ejiofor) tinha uma vida tranquila com a mulher e um casal de filhos em Nova York. Violinista, foi seduzido por dois empresários a fazer apresentações em Washington. Tudo ia bem até ele acordar preso e, em seguida, ser levado para o racista sul dos Estados Unidos. Vendido como escravo, Solomon foi tratado como mercadoria, mudou de donos e virou objeto de humilhação do irascível Edwin Epps (Michael Fassbender, ponto alto do elenco). Esse tipo asqueroso, mesmo sob o freio da mulher, mantinha relações sexuais com uma escrava (a forte candidata a coadjuvante Lupita Nyong?o). Brad Pitt, um dos produtores da fita, faz uma participação quase constrangedora. Há uma falha grave: pouco se sentem os doze anos em que Solomon ficou longe da família, e o reencontro deles parece emocionalmente forçado. Entre as qualidades, o diretor Steve McQueen (de Shame) extrai o melhor de seu casting, expõe abertamente o tratamento dispensado aos negros e compõe o registro com cenas fortes. Direção: Steve McQueen (12 Years a Slave, EUA/Inglaterra, 2013, 134min). 14 anos. Estreou em 21/2/2014.

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