Cinco programas imperdíveis para o fim de semana
Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado
1 – Curtir os shows do festival Back2Black
Após um hiato em 2014, o festival Back2Black, criado para exaltar a cultura negra, chega à sua sexta edição, com shows na sexta (20) e no sábado (21). Neste ano, dois palcos foram montados na Cidade das Artes, com uma programação dividida em três vertentes: a união entre a África e o Brasil, os ritmos jamaicanos e os 450 anos do Rio. Do primeiro time, destaque para a cantora e compositora Angélique Kidjo, do Benim, que se apresenta no sábado (21).
+ Confira a programação completa do festival
Da terra de Bob Marley quem vem é seu quinto filho, Damian, que, em sua primeira passagem pelo Rio, vai relembrar sucessos do pai no último show da noite de abertura. Já entre os donos da casa, a reunião do grupo Planet Hemp promete agitar os presentes no mesmo dia. Outra atração inédita na cidade, o rapper Stromae nasceu na Bélgica, mas tem ligação com a África: seu pai é de Ruanda e foi uma das vítimas do genocídio que chocou o mundo em 1994. São do cantor sucessos como Alors on Danse e a tocante Papaoutai, presenças certas no setlist de sua apresentação no sábado (21). 18 anos.
+ Veja os demais destaques de shows da cidade
Cidade das Artes (5 000 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra, ☎ 3328-5300. Sexta (20), a partir das 21h, e sábado (21), a partir das 19h30. R$ 150,00 (cada dia) e R$ 200,00 (sex. e sáb.). Bilheteria: 13h/19h (ter. a qui.); a partir das 13h (sex. e sáb.). IR. www.cidadedasartes.org.
2 – Assistir à peça Um Pai (Puzzle)
Escrito de um jorro, em apenas uma noite, Um Pai (Puzzle), livro que dá nome à peça é um caldo de memórias da relação entre a autora, Sibylle Lacan (1940-2013), e seu pai, o psicanalista Jacques Lacan (1901-1981). As reconhecidas contribuições dele em seu campo profissional, no entanto, passam longe deste monólogo — e não vai aqui nenhum demérito. O que está em jogo são questões mais íntimas. Apropriadamente como em uma sessão de análise, Ana Beatriz Nogueira, em atuação exuberante, dá voz a Sibylle em uma comovente exposição de lembranças algo desencantadas. Filha enjeitada pelo pai, ela convivia com o ressentimento profundo, que não escondia a mais devotada necessidade de aprovação, como bem mostra o texto, adaptado de maneira fluida por Evaldo Mocarzel. Ao público, não cabe apenas o papel de voyeur: ao contrário, nas particularidades da relação entre Sibylle e Lacan evocam-se diversas camadas de reflexão que podem servir a qualquer pessoa, notadamente sobre como a nossa identidade se constitui em relação ao outro. Sensível, a direção de Guilherme Leme Garcia e Vera Holtz investe no protagonismo conjunto da atriz e do texto, perceptível no sofisticado despojamento do cenário negro de Marcelo Lipiani, iluminado por Maneco Quinderé com a competência habitual. Ana Beatriz confirma seu reconhecido talento em uma performance cheia de sutilezas, na qual entrega todas as nuances de Sibylle — da mágoa à alegria, da raiva ao humor, emocionando genuinamente a plateia sem resvalar no dramalhão (60min). 14 anos. Estreou em 20/2/2015.
Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro II (158 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Sexta a domingo, 19h30.R$ 10,00. Bilheteria:a partir das 10h (qui.a dom.). Até 3 de maio.
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3 – Conferir as fotografias do Rio expostas no IMS
Entre as diversas ações que têm pipocado em comemoração dos 450 anos do Rio, esta imperdível mostra ocupa um lugar destacado. Possível somente graças a um consistente trabalho do Instituto Moreira Salles na restauração e conservação de fotos antigas, Rio: Primeiras Poses — Visões da Cidade a Partir da Chegada da Fotografia (1840-1930) reúne mais de 400 registros da cidade, pertencentes ao acervo da instituição. Sob a curadoria de Sergio Burgi, a alentada seleção traz pioneiros como Marc Ferrez (1843-1923), Georges Leuzinger (1813-1892) e Augusto Malta (1864-1957), entre muitos outros. Trata-se de fotografias para admirar sem pressa — à parte a beleza das imagens, há a graça de tentar localizar edifícios, monumentos e logradouros de hoje em cenas da virada do século XIX para o seguinte. Duas mesas interativas, sensíveis ao toque, potencializam a experiência: nelas, os visitantes podem ampliar dezenas de fotos, passear por seus detalhes e ainda descobrir, por meio de um mapa da cidade, o ponto exato onde foram clicadas. No fundo da galeria, uma projeção de 2,74 metros de altura por 9 metrosde largura exibe outras imagens, todas de Ferrez, também expandidas de modo a revelar seus pormenores. Dois monitores apresentam fotosem estereoscopia, que, vistas com óculos especiais, criam um efeito tridimensional.
Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400 e 3206-2500. → Terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas na quinta e na sexta, às 17h. Até 31 de dezembro.
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4 – Levar os pequenos para se divertir com De Férias no Sítio
Criado pelo escritor Monteiro Lobato (1882-1948) para a série de livros Sítio do Picapau Amarelo, o personagem do menino Pedrinho sempre encantou a criançada por seu espírito aventureiro. Suas peripécias ganham o palco em De Férias no Sítio, novo trabalho do Centro Teatral e Etc e Tal, que estreia no sábado (21), no Parque das Ruínas, para uma curta temporada, com entrada franca. No espetáculo, o grupo formado por Alvaro Assad, Marcio Moura e Melissa Teles-Lôbo diverte os pequenos com a chamada pantomima literária, técnica em que eles são especializados. Nela, a história é apresentada com narração simultânea às ações dos atores em mímica. Com muito humor, a peça mostra as peripécias do garoto a caminho da casa de sua avó, Dona Benta — a exemplo do seu encontro com o temido Saci Pererê (45min). Rec. a partir de 5 anos.
Parque das Ruínas (60 lugares) Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, ☎ 2215-0621. Sábado e domingo, 11h. Grátis. Distribuição de ingressos uma hora antes da apresentação. Até o dia 29. Estreia prometida para sábado (21).
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5 – Beber cervejas artesanais no Doca’s Beer
Endereço tradicional de Copacabana, o Alla Zíngara tem como grande atrativo o bom e velho chope Brahma, servido às centenas de tulipas toda semana. Mas ali do lado, na loja A do mesmo número 231 da Rua Belfort Roxo, um pequeno bar se tornou um alento para os fãs de cervejas artesanais. Aberto por três amigos em novembro passado, o lugar tem salão acanhado, decorado com contêineres e cordas que remetem a portos e suas docas — daí o nome. Acomode-se ali mesmo ou na agradável varanda de madeira.
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São cerca de 200 rótulos (com promoções diárias) e três torneiras de chope, sendo duas fixas da Eisenbahn e outra de uma cervejaria convidada. Opção interessante, a neozelandesa Moa Five Hop (R$ 34,00; 375 mililitros) tem, como o nome indica, cinco tipos de lúpulo na receita, o que confere notas cítricas e amargor pronunciado. Outra excelente pedida para os fãs do estilo é a amber ale dinamarquesa Evil Twin Hop Flood (R$ 26,00; 355 mililitros). Enxuto, o cardápio conta com petiscos apropriados para acompanhar a bebida. Caíram bem a farta porção de copa defumada e a do patê com geleia de amora (R$ 19,00 cada uma).
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Rua Belfort Roxo, 231, loja A, Copacabana, ☎ 3117-8082 (24 lugares). 15h/23h (sex. e sáb. até 1h; fecha seg.). Cc: V e M. Cd: todos. Aberto em 2014.
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