Malu Rodrigues rouba a cena em um dos musicais mais elogiados do ano
A atriz, que fez seu primeiro teste cantando o tema de <em>A Pequena Sereia</em>, roubou a cena no musical <em>Nine</em>, em meio a nomes consagrados dos palcos e da televisão
Sucesso da Broadway em 1982, o musical Nine conta a história de um diretor de cinema que, imerso em uma grave crise de ideias, se refugia em um spa, onde acaba se defrontando com as mulheres de sua vida. Na montagem dirigida pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, encenada no Rio entre outubro e novembro, doze atrizes estavam em cena — entre elas nomes consagrados dos musicais brasileiros, como Totia Meirelles, e rostos conhecidos da televisão, a exemplo de Carol Castro. Entretanto, quem roubou a cena foi Malu Rodrigues, 22 anos, no papel da espevitada Carla Albanese, a amante do cineasta. Ao indiscutível talento vocal já conhecido dos apreciadores de musicais, ela acrescentou a perfeita mistura de sensualidade, humor e inocência requerida pela personagem — Malu recebeu afagos da crítica e impulsionou o sucesso do espetáculo, um dos mais elogiados do ano. “É a figura mais diferente de mim que eu já interpretei. Ela é totalmente extravagante!”, diz.
Por trás do sex appeal em cena esconde-se uma jovem tímida de gestos delicados. Ainda criança, para vencer a inibição, ela foi matriculada em um curso de teatro e, pouco depois, na aula de canto. Ali aprendeu canções extraídas de clássicos dos palcos, como My Fair Lady, e de animações da Disney, a exemplo de A Pequena Sereia. Com o tema dessa personagem, aliás, Malu se arriscou, aos 14 anos, no teste para a escolha do elenco de A Noviça Rebelde, que Möeller e Botelho dirigiram em 2008. Não apenas levou o papel como virou cria da dupla, uma presença recorrente em suas produções — já foram dez, incluindo O Despertar da Primavera (2009) e O Mágico de Oz (2012), além de Versão Brasileira Möeller e Botelho — 25 Anos de Musicais, ainda em cartaz com casa cheia. E ela nem pensa em diminuir o ritmo. “É no palco que eu me sinto profissionalmente plena.”