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Camy Filgueiras recolhe objetos para pessoas carentes

O Descarte do Bem, por enquanto, é apenas uma ação individual, da própria carioca 

Por Heloíza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 10h59 - Publicado em 15 out 2016, 01h00
Felipe Fittipaldi
Felipe Fittipaldi (Felipe Fittipaldi/)
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Há três anos, Camy Filgueiras resolveu largar a publicidade para dedicar mais tempo ao filho recém-nascido. Tornou-se então personal organizer, cuja função é organizar armários, brinquedos, produtos em despensas e, se necessário, treinar empregadas domésticas para que mantenham tudo em seu devido lugar. Durante o trabalho, Camy percebeu que os clientes acumulavam muitos objetos sem uso pela casa. “Vi muita coisa sendo jogada no lixo e achava  que aquilo poderia ser entregue a quem realmente precisasse”, conta. Foi aí que teve a ideia de pedir o “excedente” para distribuir entre necessitados. À iniciativa, ela deu o nome de Descarte do Bem. “No fim do trabalho, pergunto se o cliente tem para quem doar. Como 99% deles dizem que não, levo parte para o Lar de Baltazar, uma instituição de crianças, em Jacarepaguá. O restante dou para moradores de rua”, explica ela, que vai à entidade uma vez ao mês. “Levo alimentos também. Mas, nesse caso, sai do meu bolso mesmo.”

“Vi muita coisa sendo jogada no lixo e achava que aquilo poderia ser entregue a quem realmente precisasse”  

Camy conta que nem sempre é fácil convencer os clientes a doar aquilo que não querem mais. “Às vezes, encontro resistência. Eles não vão usar mais, mas, mesmo assim, não querem abrir mão. Em alguns casos, tenho de fazer um trabalho quase psicológico”, revela. Mas Camy, além de ser insistente, quer disseminar a ideia do desapego material. “Estou preparando um programa, para um canal de TV fechado, sobre a importância da doação”, explica.

O Descarte do Bem, por enquanto, é apenas uma ação individual, da própria Camy. Não tem sede nem colaboradores ­— ela faz tudo sozinha. “É difícil arrumar recursos. As pessoas dizem que vão ajudar, mas depois desaparecem”, revela Camy, que encara numa boa o esforço solitário. “Para mim, é uma satisfação pessoal poder ajudar, mesmo que seja um pouquinho. É bom chegar a uma instituição e ver o sorriso das crianças. Apesar de a realidade ser triste, fico feliz em cooperar”, garante Camy, que não desconsidera montar uma ONG, no futuro, para expandir o trabalho assistencial.

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