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Angela Adnet realiza leituras dramatizadas em asilos e hospitais

A escritora é a criadora do projeto Leitura em Cena, que promove as apresentações de forma voluntária

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h03 - Publicado em 18 jul 2015, 01h00

Ainda na adolescência, após a morte precoce do pai, Angela Adnet (à esq. na foto) começou a trabalhar para ajudar a família. Desde então, foi professora, maquiadora, modelo e empresária. Aos 40 anos, decidiu se dedicar à escrita, atividade que sempre a encantou. Hoje, aos 71, não apenas tem livros publicados como divide o prazer da literatura com outras pessoas, através de um projeto voluntário que criou. A iniciativa surgiu por acaso. Em 1995, para combater a depressão que a recente viuvez lhe trouxera, ela resolveu preencher seu tempo ocioso. Entre as várias ocupações arrumadas, uma oficina de criação literária, um curso de leitura para cegos, sessões de fonoaudiologia e aulas de leitura dramatizada lhe deram lições que, como ela constatou, poderiam ser usadas em uma causa social. “Percebi que estava acumulando muito conhecimento e não o empregava em lugar nenhum. Chamei, então, um grupo de amigos do curso e sugeri que fizéssemos visitas a asilos e hospitais com o objetivo de ler para as pessoas”, lembra. Em 2010, saía do papel o projeto Leitura em Cena, que hoje promove os encontros literários em espaços como o Sodalício da Sacra Família, na Tijuca, voltado para moças deficientes visuais sem família, e a Casa de Convivência e Lazer Dercy Gonçalves, na Lagoa, um abrigo de idosos.  

“Enquanto tiver voz e saúde, quero continuar lendo muito e levar felicidade a essas pessoas”

Com cinco integrantes (entre eles Ana Maria Sarmento e Maria Bernadete Gomes, na foto), o grupo realiza encontros semanais na casa de Angela para planejar as próximas sessões de leitura. O processo é longo, começando com uma visita às instituições que serão contempladas. Depois, eles garimpam textos adequados ao perfil do público que será atendido — obras de Fernando Sabino, Nelson Rodrigues e Clarice Lispector já entraram na pauta. “Como muitas vezes lemos para pessoas debilitadas, é preciso que sejam textos leves, divertidos e curtos, de fácil compreensão”, explica. Escolhido o repertório, o quinteto parte para os ensaios, nos quais se treinam entonações, gestual e expressões faciais utilizados para enriquecer a leitura. Com a próxima apresentação marcada para o dia 30 deste mês, no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na Tijuca, Angela confessa ser difícil não se emocionar. “Meu maior presente é o olhar de gratidão. Enquanto tiver voz e saúde, quero continuar lendo muito e levar felicidade a essas pessoas.”

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