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Rio lança campanha contra obesidade e sobrepeso

A partir de fevereiro, as ações de conscientização vão chegar às ruas, escolas, postos de saúde e outros setores, com o lançamento oficial da campanha na cidade

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 5 dez 2016, 11h45 - Publicado em 20 out 2015, 15h24
obesidade
obesidade (Divulgação/)
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A campanha Brasil Saudável e Sustentável, lançada na segunda (19) pelo governo federal, prefeitura do Rio e entidades da sociedade civil, no Rio, vai aproveitar o ambiente esportivo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para promover o combate à obesidade e ao sobrepeso da população. A partir de fevereiro, as ações de conscientização vão chegar às ruas, escolas, postos de saúde e outros setores, com o lançamento oficial da campanha na cidade.

Um dos objetivos é aumentar o conhecimento da população sobre os benefícios do consumo alimentar saudável e sustentável. Nas escolas da rede municipal de ensino, as ações de educação alimentar e nutricional vão ganhar impulso. A campanha prevê a ampliação e diversificação dos canais de comercialização da agricultura familiar e da produção orgânica e agroecológica.

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Segundo o Ministério da Saúde, o Rio está entre os dez maiores índices do ranking nacional de excesso de peso. A obesidade é considerada o maior desafio da saúde no Brasil, país que  há um ano foi excluído do Mapa da Fome do Comitê de Segurança Alimentar da Organização das Nações Unidas.

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arnoldo de Campos, acredita que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para doenças crônicas como câncer, diabetes e outras relacionadas ao coração. ” A intenção é que o Rio seja a primeira cidade brasileira a alterar essa realidade”, afirmou.

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Uma das ações é a compra de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), serão fornecidos alimentos orgânicos, em um primeiro momento, para doze escolas públicas municipais. Na lista, há 22 itens diferentes, como abóbora, batata, beterraba, cenoura, inhame, laranja, tangerina, e outros produzidos por agricultores locais. Na seleção das escolas, o principal critério foi que 50% dos alunos matriculados fossem beneficiários do Programa Bolsa Família.

A campanha quer mostrar os benefícios do consumo de produtos orgânicos e agroecológicos, e alertar à população sobre os riscos do consumo de produtos ultraprocessados (alimentos com alto teor de sal, açúcar, sódio e gorduras, como sucos de néctar, biscoitos recheados, produtos instantâneos) para a saúde das pessoas. Os principais benefícios dos produtos orgânicos são o aumento da imunidade e reduzição de infecções, além da prevenção de várias doenças, entre elas o câncer. Outros benefícios são o aumento da energia e a redução do cansaço, a melhora do humor, o combate à depressão e efeitos do estresse, bem como o retardamento da velhice.

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com o apoio do Ministério da Saúde (2008/2009), mostra que a situação das crianças brasileiras é preocupante. De acordo com o levantamento, mais de um terço das crianças no país, com idade de 5 a 9 anos, estão com excesso de peso e 14,2% estão obesas. A tendência se revela em função do consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura, que começa muito cedo no Brasil. Estudo do Ministério da Saúde revelou que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial (2015).

A campanha Brasil Saudável e Sustentável, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, conta com a parceria dos ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário, do Turismo, da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Sindicato de Bares Hotéis e Restaurantes do Rio de Janeiro (Sindrio), do Instituto Maniva, do Instituto Brasileiro de Desfesa do Consumidor (Idec), da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e da Agência de Cooperação Alemã (Giz).

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