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Eduardo Paes se diz otimista e vê Pedro Paulo no 2º turno

Prefeito votou em São Conrado e convocou os eleitores cariocas a refletirem sobre as realizações de sua gestão e atacou Freixo, definido por ele como o candidato que vai ficar "gritando 'Fora Temer' na prefeitura"  

Por Sofia Cerqueira
Atualizado em 5 dez 2016, 11h02 - Publicado em 2 out 2016, 11h44
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paes2 (Sofia Cerqueira/)
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Como fez nos últimos dias, em que esteve ao lado de Pedro Paulo em várias agendas de campanha, o prefeito Eduardo Paes votou nesta manhã, no Gávea Golf Country Club, em São Conrado, acompanhado do candidato do PMDB. Os dois chegaram à 211ª Zona Eleitoral, às 8h, em uma van que trazia ainda a mulher do prefeito, Cristine Paes e os dois filhos do casal – Bernardo, 12 anos, e Isabela, 10 –, a família de Pedro Paulo – a mulher Tatiana Infante, com os filhos Manoela, 12 (do primeiro casamento dele), Matteo, 4, e Lucca, 2, além de alguns amiguinhos das crianças. Descontraído , o prefeito se mostrou confiante e adotou um tom mais ácido ao falar das chances de Pedro Paulo chegar ao sendo turno na corrida eleitoral pela prefeitura do Rio. “Acho que hoje as pessoas têm que fazer uma reflexão”, ressalta Paes, e emendou: “Precisam avaliar se o Rio avançou com o nosso governo e se vale votar em nosso candidato, que vai dar continuidade a isso. A outra opção é um segundo turno com duas candidaturas estreitas: a disputa do  bispo Crivella, da Universal e aliado do Garotinho, e Marcelo Freixo, que fico imaginando na prefeitura gritando “Fora Temer.””

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Com  as últimas pesquisas de intenções de voto, o Ibope e a Datafolha, indicando uma disputa no segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), o prefeito fez questão de frisar que esse domingo é um dia absolutamente decisivo. “Tenho muita confiança no povo, numa decisão muito racional”, diz. “Com todo respeito pelos eleitores do Índio, do Osório e do Bolsonaro, aquele que tem mais chance de vencer o Freixo e ir para o segundo turno é o Pedro Paulo”, acrescenta. Paes, sempre com o candidato do PMDB ao seu lado, ainda ressaaltou que essa é uma eleição muito atípica, com segundo turno  indefinido. “Claro que você sempre quer que o seu candidato esteja em  primeiro lugar. Não tiro o crédio das pesquisas, mas essa eleição é diferente, morna, basta ver a nossa chegada aqui. Não tem a presença de cabo eleitoral ou boca de urna.”

O prefeito também comentou a reportagem publicada ontem no site de VEJA, em que ele aparecia em grupo de Whatsapp comentando que os resultados das últimas pesquisas não correspondiam às expectativas, e pedia para que os aliados fossem para as ruas hoje. No grupo, ainda publicou um texto assinado por o cientista político Geraldo Thadeu, divulgado pelo jornal O Dia, que sugere uma operação de boca de urna em prol de Pedro Paulo. “Não incentivei a boca de urna, mas a presença dos aliados na rua. Nós temos muitos candidatos a vereadores e parlamentares. Eu mesmo vou ficar rodando com Pedro Paulo pela cidade acompanhando as eleições”, comenta.

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+ Grupo de WhatsApp com Paes fala em boca de urna no domingo

No mesmo grupo de Whatsapp, com a hashtag  #chegajunto, Paes também comentou outras disputas eleitorais que surpreenderam nas urnas e voltou a repetir nesta manhã, logo após votar: “Em 2008 parecia que eu estava derrotado pelo Fernando Gabeira e ganhei a eleição. Acompanhei muito de perto o César Maia em 1992, quando ele aparecia atrás de Cidinha Campos por oito pontos e chegou ao segundo turno contra a Benedita da Silva”, ressalta. Ele ainda citou o pleito de 2000, quando tudo indicava que o segundo turno seria entre Luiz Paulo Conde e Benedita, e César Maia ganhou por 7 000 votos. “Não tenho nada pessoal contra os candidatos, mas não é a cara do Rio ter um segundo turno com o bispo Crivella  e Marcelo Freixo, candidatos estreitos e que pouco dialogam”, faz questão de repetir.

A três meses de deixar a prefeitura do Rio, Paes já demonstra saudosismo. “Até o meu mais ferrenho adversário político reconhece o meu amor pelo Rio. Não estou gostando dessa história do meu cafezinho estar ficando frio. Daqui a pouco vai estar gelado”, brinca. Questionado sobre a possibilidade de sair candidato ao governo estadual em 2018, o prefeito foi reticente e saiu pela tangente: “Deixo a prefeitura com muita tristeza, gostaria de ficar governando essa cidade por muito tempo.” O prefeito, que após o término de seu mandato, passará um período nos Estados Unidos – “entre 6 meses e um ano”- também comentou uma pesquisa que mostrou uma queda na sua popularidade após a Olimpíada. “Assim que sair da prefeitura faço uma terapia”, completou, com bom humor. 

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