Green Nation oferece 100 atrações no Porto
Com atrações baseadas em realidade virtual de cunho ambientalista e científico, o evento recebe o público a partir de quinta (24)
Durante o verão, época em que os termômetros atingem índices mais amigáveis, os cientistas brasileiros instalam-se na Estação Comandante Ferraz, na Antártica. Em longas jornadas de experimentos, eles fazem análises de espécies que vivem na região, como uma gigantesca alga que alcança 5 metros de comprimento, além do krill, pequeno animal invertebrado semelhante ao camarão, que serve de comida para baleias e como matéria-prima para pastas de dente, graças à grande parcela de flúor contida em seu organismo. Visitar o continente gelado é restrito a um grupo pequeno de pessoas, mas um pedacinho da vida lá poderá ser vista pelos cariocas no festival Green Nation. Em sua terceira edição, o evento, que propõe discussões sobre sustentabilidade, ocupará o Armazém 2 do Porto e o Museu do Amanhã entre quinta (24) e domingo (27) com palestras, exposições, peças, filmes e instalações interativas (confira algumas delas no quadro ao lado). Ao todo são mais de 100 atrações, que exigem cerca de trinta horas de quem deseja visitar tudo. “A programação atende a todas as idades, e a principal mensagem que queremos passar é a necessidade de uma mudança de atitude”, explica Marcos Didonet, presidente do Green Nation.
Mais do que um festival bianual, o movimento promove ações que buscam sensibilizar e informar sobre temas relacionados à sustentabilidade. Além de realizar atividades educativas, o Green Nation provoca debates entre cientistas e empresários. Nesta edição, o destaque será a palestra do químico alemão Michael Braungart, referência no conceito de economia circular, que defende novas soluções para artigos hoje descartados. Um bom exemplo foi dado pela própria organização, que montará suas instalações com materiais utilizados na Olimpíada e por escolas de samba no Rio. “O tema é importantíssimo nas discussões atuais sobre o ambiente. Não existe milagre nessa área, mas o brasileiro é criativo e as ideias podem ser bem aplicadas por aqui”, opina Sérgio Besserman, economista e membro do conselho consultivo da instituição. Toda a programação é gratuita, mediante inscrições prévias no site https://www.greennation.com.br, e a diversão e o ganho de conhecimento são garantidos.
A Antártica é aqui. Vai ser possível ir ao continente gelado sem sair do Rio. Um dos ambientes simula a Estação Comandante Ferraz, mostrando um pouquinho da vida por lá e as principais pesquisas desenvolvidas. Cientistas estarão presentes para conversar com o público.
Caminhos da reciclagem. Uma grande engenhoca revela quais são as etapas da reciclagem de garrafas PET. O visitante é convidado a depositar seu lixo ali, e acompanha tudo o que acontece até que o material seja transformado em uma nova embalagem.
Emoções no mar e no ar. Simuladores vão reproduzir uma viagem ao fundo do oceano e um voo sobre o Rio Guandu. Em ambos os “passeios”, a importância dos biomas e seus problemas, como a poluição, estarão em foco.
Mais verde, por favor. Para vencerem a prova, os visitantes precisam pular de um lado para o outro até alcançar a marca predefinida. Como prêmio, uma muda de árvore da Mata Atlântica será plantada nas margens do Rio Guandu. As novas plantas poderão ser acompanhadas por fotos nas redes sociais.
Gols de pedalada. O desafio é proposto aos torcedores dos quatro principais times de futebol do Rio. A energia gerada pelas pedaladas faz com que monitores mostrem gols antológicos do Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. Quem produzir mais ganha um título de sócio do seu clube de coração.
Deslizamento virtual. Na TV de casa, o espectador assiste a uma matéria sobre os impactos de uma forte chuva na cidade. Em poucos instantes, a chuva aperta, e, com a ajuda de efeitos visuais, a sala é destruída, para alertar sobre o impacto das mudanças climáticas no nosso dia a dia.
O desafio da seca. Como num grande jogo de videogame, os visitantes tentam carregar baldes de água virtuais em meio aos obstáculos, os mesmos enfrentados por famílias que vivem em área de seca. A simulação mostra como os litros desperdiçados fazem diferença na vida de diversas populações.