Estabelecimentos abrem as portas aos pets durante o verão
No projeto Pet Parade, casas se adaptam para receber animais. Veja ainda um livro que aborda as semelhanças fícias entre os bichos e seus donos e um aplicativo que lista pet shops com serviços gratuitos
De portas abertas
No calorão do verão carioca, deixar os pets por muito tempo em casa pode ser altamente prejudicial à saúde deles. Isso porque a pelagem densa e a dificuldade dos animais de regular a própria temperatura podem provocar hipertermia, causando desmaios, convulsões e até a morte. Por isso, o Polo Lido + Leme (associação que reúne cinquenta estabelecimentos comerciais) criou o projeto Pet Parade, cujo objetivo é abrir as portas aos bichinhos da região durante a estação. Lojas como a Biscuit Doces & Salgados e a Laundry Express disponibilizam água, ração e saco para recolher fezes. A iniciativa já ganhou a adesão de moradores como a jornalista Gabriela Mendes, 23 anos, dona do golden retriever Marley (foto), frequentadores assíduos da Galeria 80. Não é só na região que o comércio anda pet friendly. No cartório do 15º Ofício de Notas, no Centro, no bar Combinado Carioca, no Humaitá, e no salão Maria Bonita, em Niterói, pets agora também são tratados como gente grande.
+ 51 lugares onde os animais de estimação são bem-vindos
Tudo junto e misturado
É comum as pessoas acharem que seus animais se parecem com elas — no que diz respeito ao comportamento, é claro. Psicanalista e veterinário homeopata, Marcos Fernandes resolveu investigar o “fenômeno”. O resultado está no livro Cara de Um, Focinho do Outro (Butterfly Editora). Em 192 páginas, o autor aborda as semelhanças físicas e emocionais entre pets e seus donos, garantindo que ambos podem apresentar até a mesma enfermidade. “Essa compreensão é essencial para minimizar as doenças dos bichos e evitar que estes peregrinem de veterinário em veterinário. Muitas vezes, a questão não está exclusivamente no animal”, defende o clínico de cães, gatos e aves ornamentais.
Tecnologia nota 10
A ideia era ajudar bichinhos abandonados. Com essa boa intenção, a estudante Jessica Neves, 15 anos, desenvolveu o aplicativo Amigo Animal. A tecnologia mapeia pet shops com serviços gratuitos ou mais em conta, além de serviços públicos de atendimento a animais no Rio. “Já adotei dezoito gatos de rua e testemunhei as dificuldades para cuidar dos bichos. Eu não tinha condições de levá-los a um veterinário, por isso quis reunir informações de lugares que atendem de graça ou por um baixo custo”, conta Jessica, aluna do curso de desenvolvimento de aplicativos do Comitê para Democratização da Informática, em Laranjeiras. O projeto foi finalista de um concurso que destaca iniciativas transformadoras, mas a jovem ainda busca um investidor para produzir o protótipo e disponibilizá-lo ao público conectado.