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Tempos modernos

O conflito entre desejo e culpa presente na peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, permanece atual, como se pode ver na montagem em cartaz no Sesc Ginástico

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 14h52 - Publicado em 25 mar 2013, 16h04

Encenado pela primeira vez em 1943, Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980), é considerado o marco inaugural da modernidade no teatro brasileiro. Mesmo sem provocar o escândalo de outrora, o conflito entre desejo e culpa presente no cerne deste clássico drama permanece atual, como se pode ver na montagem em cartaz no Sesc Ginástico. Andreza Bittencourt vive a protagonista Alaíde (à direita na foto, ao lado de Rita Elmôr e Patricia Pinho), jovem que é atropelada logo na primeira cena. Fiel ao original, a história se passa em três planos: o da realidade, que traz a moça entre a vida e a morte no hospital; o da memória, no qual ela relembra seu conflito com a irmã Lúcia (Rita), de quem tomou o namorado, Pedro (José Karini); e o da alucinação, quando imagina um encontro com a cafetina Madame Clessi (Patricia). Não se pode acusar a carregada direção de Renato Carrera de falta de personalidade, mas há aqui uma aparente opção por abolir os meios-tons e amplificar tudo, do ritmo da montagem ao estilo das atuações. Mesmo para um texto que se entrega com gosto ao melodrama, a fruição sai um tanto prejudicada.

✪✪ Vestido de Noiva (95min). 18 anos. Estreou em 22/2/2013. Teatro Sesc Ginástico (513 lugares). Avenida Graça Aranha, 187, Centro, ☎ 2279-4027. → Quinta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 13h (qui. a dom.). Até domingo (31).

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