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Criatividade é o que não falta nos nomes dos blocos de carnaval

Carioca prova que não falta bom humor na cidade, apesar dos problemas atuais da cidade

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 9 fev 2018, 15h48 - Publicado em 8 fev 2018, 16h39

Se você faz parte grupo de mulheres rodadas e de chico, cuidado com cheirinho do suvaco de cristo e deixa a língua no varal. Do contrário, o Sargento Pimenta será chamado. E não adianta dizer meu bem, volto já. A ansiedade me impede de esperar. Ah, toco-xona? Chora, me liga! Mas fique sabendo que eu não venho mais aqui. Só quero o balanço do pinto, porque, no final das contas, largo do machado, mas não largo do copo. Que merda é essa? É apenas uma brincadeira com os nomes dos blocos de carnaval de rua do Rio, que provam que nada tira a criatividade e o bom humor do carioca. Conheça a história por trás deles e… divirta-se!

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SARGENTO PIMENTA

(Raphael Dias/Riotur)

O nome brinca com o título do oitavo disco dos Beatles, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, lançado em 1967. E, claro, o bloco toca apenas versões abrasileiradas do repertório da icônica banda britânica. Na segunda (12), tem desfile no Aterro do Flamengo, às 10h.

TOCO-XONA

(Facebook/Reprodução)

Fundado em 2007 por um grupo de lésbicas, o bloco foi batizado a partir da história de Michele Krimer, co-fundadora, junto com Bruna Capristano. “Michele ficou com uma menina linda, mas não curtiu. Só que a garota se apaixonou. Aí, eu disse toco e xona. Quer dizer: toma um toco e se apaixona. Virou o nome do bloco”, explica Bruna. O Toco-Xona desfila no próximo domingo (11), às 10, no Aterro do Flamengo. E a homenageada do ano é Rita Lee.

SUVACO DE CRISTO

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(Julio Cesar Guimarães/Riotur)

O bloco nasceu em 1985, no Jardim Botânico. E o nome é alusão a uma entrevista de Tom Jobim em que o compositor reclamava do mofo nos armários de sua casa na Rua Lopes Quintas, no bairro. Afirmava que era lá o suvaco do Cristo (Redentor). Desfilou no domingo (4).

MULHERES RODADAS

O bloco feminista foi criado, em 2015, depois de a frase “Não mereço mulher rodada” ter viralizado na internet. O próximo desfile é na quarta (14), às 9h, a partir do Largo do Machado.

 LARGO DO MACHADO, MAS NÃO LARGO DO COPO

Fundado há 12 anos por um grupo de amigos que frequentava um boteco no Largo do Machado, o bloco foi batizado com o nome que brinca com os dois lugares. Em 2011, o bloco ganhou sua versão infantil: Largo do machadinho, mas não largo o suquinho. O bloquinho sai na segunda (12), às 9h. No dia seguinte (terça, 13), às 14h, é a vez dos adultos brincarem.

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MULHERES DE CHICO

(Fernando Maia/Riotur)

O nome do primeiro bloco feminino e temático do Carnaval não tem nada a ver com menstruação. É apenas uma homenagem ao cantor e compositor Chico Buarque, cujas composições ganham versão carnavalesca no grupo. Quem quiser conferir, a turma sai no sábado (17), na Praia do Leme, a partir das 17h.

MEU BEM, VOLTO JÁ

(Facebook/Reprodução)

O nome faz referência a frase que Dr. Zé Armando, um dos fundadores do bloco, disse à esposa no sábado de Carnaval de 1994, quando saiu para comprar pão, leite e jornal. Ficou fora os quatro dias de folia. No ano seguinte, o Meu Bem, Volto Já saiu pela primeira vez, tendo Elke Maravilha como rainha e fazendo uma homenagem a então ex-esposa do Dr. Zé Armando. Na terça (13), às 17h, tem desfile a partir da Av. Princesa Isabel, esquina da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana.

QUE MERDA É ESSA?

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(Facebook/Reprodução)

O nome é inspirado em um bloco de Olinda. Fez seu primeiro desfile em 1995 e, no domingo (11), às 13h, sai às ruas de Ipanema, a partir da Rua Garcia D’Ávila, com esquina da Rua Nascimento e Silva. Antes, porém, no mesmo point, haverá o baile infantil da sua versão infantil, Que caquinha é essa?, das 10h às 12h.

É PEQUENO, MAS VAI CRESCER

Em 2006, o grupo surgiu como uma ala do bloco Escravos da Mauá, com apenas 36 pessoas. No ano seguinte, os foliões se estruturam e viraram um pequeno bloco, mas com esperança em dias melhores. Por isso, É pequeno, mas vai crescer. O duplo sentido fica pelo espírito zombeteiro do carioca e, claro, do próprio Carnaval. Desfilou na sexta (2).

DEIXA A LÍNGUA NO VARAL

Há dez anos, o bloco tijucano difunde o lema: “Chega de falar da vida alheia, vem sambar!” Por causa disso, foi batizado de Deixa a língua no varal. Recadinho para as fofoqueiras do bairro? Desfilou no sábado (27).

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EU NÃO VENHO MAIS AQUI

As costumeiras brigas entre um frequentador e a dona de um bar na Abolição – em que o primeiro sempre ameaçava não voltar ao local – inspiraram um samba e em seguida o bloco, fundado em 2011. Desfilou no sábado (3).

BLOCO DA ANSIEDADE

(@menezeswagner/Instagram)

Fundado em 1997, o bloco recebeu esse nome porque, como já declarou o fundador, o olindense Fernando Carvalho, não há nada mais hiperativo que o frevo – gênero a que a agremiação se dedica. Para deixar isso claro, no estandarte da agremiação exibe a frase: “Fundado no carnaval do ano que vem”. Desfilou no sábado (3).

BALANÇO DO PINTO

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O nome engraçadinho, na verdade, faz referência à Rua Pinto de Figueiredo, na Tijuca, de onde o bloco sai para desfilar. Aliás, no próximo domingo (11), às 16h, tem balanço.

CHORA, ME LIGA

(Raphael Medeiros/ Facebook/Reprodução)

O nome do primeiro bloco sertanejo de Carnaval faz referência à música homônima, sucesso da dupla João Bosco & Vinícius, que diz: “Chora, me liga, implora / pelo meu amor / pede por favor / quem sabe um dia eu volto a te procurar”.

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