Três perguntas para Marina Lima
Carioca radicada em São Paulo há quatro anos, a cantora volta a se apresentar na cidade para comemorar a segunda edição de seu livro, Maneira de Ser, o mesmo nome de uma música
Qual a contribuição da publicação para o show que levará ao palco da Miranda?
O show não possui um formato clássico, o repertório tem a ver com o livro. Eu e o Marcio (Debellian, diretor do espetáculo) pensamos em um clima mais à vontade. Por isso, além da música, Antônio Cícero (irmão da cantora) vai declamar um poema do Drummond, vamos exibir trechos de clipes e contarei alguns casos da minha vida.
A mudança para São Paulo influenciou sua produção?
Claro. Em São Paulo tem mais trabalho, além de ser uma cidade que abriga melhor as diferenças. No Rio há sempre um artista que é a bola da vez. O mercado parece mais fechado. E as relações novas também interferem nas minhas composições. Mas fazer um show no Rio depois de tantos anos fora é especial. Estou muito empolgada.
Como você está hoje, depois do problema que teve com a voz há alguns anos?
Foi algo que mexeu muito comigo, mas agora estou mais integrada. Quando aconteceu, não entendi logo que se tratava de um problema físico, achei que fosse emocional. Hoje desencanei, acho que canto bem, dou conta. Não sou só uma voz, sou uma artista. Quando não dou conta na música, escrevo um livro.