Três perguntas para George Sauma
Em Sonhos de um Sedutor, com estreia prevista para quinta (24), o ator vive o personagem que foi de Woody Allen no cinema
Existe uma pressão extra em fazer um papel que foi do Woody Allen?
Claro que o Allan Felix (o protagonista da peça, um crítico de cinema inseguro) tem muitas características do Woody Allen. Mas a gente tem de esquecer um pouco que é ele. Outros atores também já fizeram esse mesmo tipo, o do cara cheio de inseguranças, meio deprimido, mas muito inteligente, tanto que a depressão parece mais leve. Então eu preferi focar mais no personagem que me foi dado, que, aliás, é riquíssimo.
Você se dedica com frequência a montagens infantis. Há um preconceito entre os atores com relação a esse tipo de teatro?
Existe um pouco, sim. Mas eu sou cria do Tablado. Então, para mim, tudo é teatro, não importa se adulto ou infantil. Quando o projeto é bacana, fico empolgado do mesmo jeito. Estou no momento em uma peça infantil, A Menina Edith e a Velha Sentada (no Teatro dos Quatro), que é linda.
De onde vem a sua conhecida habilidade de sapateador?
Aos 4 anos, eu queria fazer teatro, mas não havia quase nada para crianças da minha idade. Acabei indo para a Academia do Tap, que é especializada em ensino de sapateado. Fiz aulas até os 20 anos, então é algo muito presente na minha vida. Sempre que dá, eu coloco um número em uma peça minha. Desta vez, com o Woody Allen, não deu.