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Um tributo à divina

Rosa Passos homenageia Elizeth Cardoso em disco que apresenta no Miranda

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 dez 2016, 15h23 - Publicado em 1 out 2012, 21h10

Pelos trejeitos no palco, a maneira tranquila de cantar, a emissão de voz baixa e seu papel na divulgação da música brasileira fora do país – especialmente nos Estados Unidos, onde se radicou -, a cantora e violonista baiana Rosa Passos recebeu a elogiosa alcunha de ?João Gilberto de saias?. O apelido foi reforçado depois do tributo prestado ao músico por ela no álbum Amorosa, de 2004, no qual pinçou clássicos do repertório do pai da bossa nova, a exemplo de O Pato, Lobo Bobo e Pra que Discutir com Madame (o nome, aliás, é uma referência ao clássico disco Amoroso, lançado por João em 1977). Influência assumida de Rosa, o excêntrico artista foi ouvido pela primeira vez em uma gravação comercial em 1958, no LP Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso (1920-1990). É justamente a Divina, como a cantora era conhecida, a homenageada em É Luxo Só, 16º álbum da carreira de Rosa. Quatro anos depois de sua última apresentação no Rio, ela volta à cidade para exibir as faixas desse trabalho, na sexta (5) e no sábado (6), no Miranda.

Segundo a própria Rosa, ela e a homenageada têm em comum o fato de serem quase sempre intérpretes de obras de outros compositores, além de terem se dedicado invariavelmente ao fino da música brasileira. Escolhido cuidadosamente durante dois meses, com consultoria de bambas como Hermínio Bello de Carvalho e Sérgio Cabral, o repertório do disco ganhou arranjos elaborados em conjunto com os antigos parceiros Lula Galvão (violão) e Jorge Helder (baixo), além do recém-incorporado ao grupo Rafael Barata (bateria). No álbum, Rosa passeia por clássicos do samba-canção imortalizados pela Divina, como Olhos Verdes (Vicente Paiva), O Amor e a Rosa (Antonio Maria), Último Desejo e Três Apitos (ambas de Noel Rosa), Diz que Fui por Aí (Zé Keti) e a faixa que dá nome ao disco (de Ary Barroso). No palco da casa na Lagoa, Rosa será acompanhada por uma banda de oito músicos, entre eles o próprio Lula Galvão, além de Fábio Torres (piano), Paulo Paulelli (baixo) e Celso de Almeida (bateria).

Rosa Passos. 16 anos. Miranda (200 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Sexta (5) e sábado (6), 21h30. R$ 80,00 a R$ 180,00. Bilheteria: 14h/20h (seg. a qui); a partir das 14h (sex. e sáb.). IC. www.mirandabrasil.com.br.

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