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Pais e filhos do rock

No quarto dia de festival, shows como Metallica e Sepultura atraem público de familiares

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 jun 2017, 13h49 - Publicado em 19 set 2013, 22h50

A julgar pelo tipo de programação do Rock in Rio nesta quinta-feira (19), que traz ao palco bandas roqueiras como Metallica, Ghost B.C. e Sepultura, todo mundo poderia pensar que o público presente fosse composto por pessoas mais maduras. No entanto, a cidade do Rock está infestada de pré-adolescentes e jovens, acompanhados, é claro, de seus pais. É o caso dos gêmeos Isabelle Clemes e Johnny Clemes Júnior, de 13 anos, que vieram de Rondônia para assistir aos shows desta noite acompanhados do pai, o juiz Johnny Clemes, de 39 anos, e da mãe, a advogada e professora universitária Carina Clemes, de 34 anos. Todos roqueiros de carteirinha. ?Desde que eles estavam no útero já ouviam rock. É só o que toca lá em casa?, conta o patriarca, que, de tão fã do gênero musical, escreve nas provas que aplica para seus alunos universitários letras de músicas dos Titãs, Charlie Brown Jr. e Raul Seixas.

A paixão pelo rock pesado se repete entre o guia de turismo Sérgio Ricardo, de 50 anos, e o filho, Yan Nogueira, de 12 anos, ambos do Rio de Janeiro. Vestidos com camisa dos Ramones, os dois vieram conferir apresentações de nomes como Rob Zombie e Sepultura. ?A gente sempre ouve juntos rock em casa, mas é o primeiro festival dele. Vai ser emocionante?, conta, orgulhoso, o pai, frequentador assíduo do Rock in Rio desde 1985. ?Não tinha como ser diferente, né? Sempre colocava Led Zeppelin, Iron Maiden para ele ouvir desde bebê. Lógico que ele não viraria funkeiro?, brinca.

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Se, por um lado, os pais influenciam o gosto musical dos filhos, o inverso também acontece ? e muito. Nos gramados da Cidade do Rock não faltam bons exemplos de histórias de filhos que converteram os pais na música. Foi assim, por exemplo, com o estudante Lucas Bueno, de 16 anos, e o agente de transportes Ismael Bueno, de 48. A dupla, que mora em Atibaia, no estado de São Paulo, pegou um voo só para conferir os shows desta quinta. ?Eu era mais fã do sertanejo, mas o Lucas me influenciou muito no rock. Não consegui fazer com que ele fosse corintiano (o garoto é são paulino), mas ele praticamente me obrigou a ser roqueiro?, afirma Ismael, que passou a gostar de Angra, Nirvana, Led Zepelin e a escutar esse tipo de música com o filho.

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O mesmo aconteceu com o adolescente Bruno Tavares, de 16 anos, e o médico ortopedista Joaquim Rodrigues, de 45, de Nova Iguaçu. Fã de rock nacional de longa data, o patriarca não era muito adepto dos sons mais pesados. ?Ele me influenciou muito mais do que o contrário. Toda vez que viajamos, o Bruno põe um CD de alguma dessas bandas para tocar. Acabei virando fã por osmose?, diz. Na família do economista Vilmar Straub, de 54 anos, pai de João Pedro, de 17, e Victória, de 18, o rock, moradores da Barra da Tijuca, o estilo é sempre um pretexto para curtirem bons shows juntos. ?Era roqueiro na década de 70, mas o João (Pedro) foi quem disseminou o estilo na família toda. Ele foi meu álibi para voltar a ouvir Ozzy Osbourne, White Snake?, conta ele, que já foi com a prole a apresentações como a de Alice Cooper, do próprio Ozzy e do White Snake. ?É engraçado. Sempre vamos juntos, mas minha mãe fica de fora, porque não gosta. Ela veio ver Ivete Sangalo sozinha?, entrega Victória.

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