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Ozzy Osbourne fala de sua carreira e de show no Rio

Com o fim do Black Sabbath, o cantor passa a limpo cinco décadas de música em sua última turnê mundial, que faz escala na Jeunesse Arena no domingo (20)

Por Carol Zappa
Atualizado em 11 Maio 2018, 13h36 - Publicado em 11 Maio 2018, 13h36
Ozzy: última chance? (Dave Hogan/Getty Images)

Depois de passar por aqui em 2016 com a despedida do Black Sabbath – banda da qual foi vocalista de 1968 a 1979, antes de uma reunião em 2013 -, Ozzy Osbourne volta ao Rio com (mais uma) derradeira turnê-solo (a primeira, No More Tours, foi em 1992), com shows agendados até 2020. Mas, ele garante, está longe de se aposentar. “Apenas não vou sair mais em longas excursões pelo mundo. Estou desacelerando, mas continuarei fazendo shows”, decreta. Na Jeunesse Arena, o Príncipe das Trevas terá novamente ao seu lado o guitarrista Zakk Wylde,  parceiro de longa data, que estava afastado da banda para dedicar-se a projetos-solo: os grupos Black Label Society e Zakk Sabbath, em que visita clássicos do Black Sabbath. Completam o time Rob “Blasko” Nicholson (baixo), Tommy Clufetos (bateria) e Adam Wakeman (teclados).

Em entrevista a VEJA RIO, o cantor fala sobre o fim da antiga banda, sua influências, momentos marcantes da carreira e o show na Barra:

Você esteve no Rio em 2016 com a turnê de despedida do Black Sabbath. Agora anuncia sua própria aposentadoria. Acha que já deu?

Essa não é uma turnê de despedida. As pessoas estão entendendo errado. Eu só não vou fazer mais longas excursões pelo mundo. Estou desacelerando, mas continuarei fazendo shows, não estou me aposentando. É muito possível que eu venha ao Rio novamente em algum momento.

Como foi dizer adeus ao Black Sabbath? 

Na verdade, eu me despedi da banda em 1979, quando fui substituído pelo (vocalista) Ronnie James Dio (1942-2010). Fiquei no grupo por dez anos e já estou solo há quarenta. Não pensei que fosse ficar tão emotivo nos últimos concertos do Sabbath, mas fiquei.

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Com o fim da banda e dessa turnê, quais são seus planos? 

Ainda não pensei muito no que virá depois disso. Quero passar mais tempo com minha família, mas ainda falta tempo, não sei o que vou estar pensando até lá.

Até agora, é uma jornada de cinco décadas na música. Olhando para trás, o que você pode dizer que conquistou?

Eu tive muita sorte, tive a honra de ter uma carreira muito bem-sucedida. Quando lançamos o primeiro álbum do Black Sabbath, pensei que seria divertido por alguns anos e só. Nunca imaginei que, após todo esse tempo de estrada, estaríamos mais fortes do que nunca. Tenho muito orgulho de termos durado tanto.

Qual foi o momento mais difícil de sua carreira?

Quando o guitarrista Randy Rhoades morreu, em um acidente de avião, em 1982, durante uma turnê. Sinto muita falta do cara, foiuma tragédia horrível. Pensei em parar naquele momento, mas minha mulher disse que deveríamos seguir em frente, e ela é quem manda.

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Você nunca se cansa de ser um astro do rock?

Naaão! É o que me faz levantar da cama de manhã.

Quais foram suas influências no começo?

Os Beatles. Amo as melodias. Não sou louco pela fase inicial, mas a música que me marcou foi She Loves You, dessa época. Quando a ouvi, mudou minha vida. E bandas como Rolling Stones e Led Zeppelin, que, para mim, funcionavam como uma droga natural, faziam com que eu me sentisse feliz.

O que os fãs cariocas podem esperar do show?

Do Black Sabbath, Paranoid, que toquei em todos os shows que já fiz, e War Pigs não vão ficar de fora. Também devemos tocar Crazy Train, meu primeiro single-solo, de 1980. E penso em levar Waiting for Darkness (do álbum “Bark at the Moon”, de 1983), que nunca toquei ao vivo.

Alguma música nova?

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Não tem músicas novas no setlist. Estou trabalhando em oito canções, mas ainda não sei quando vou gravá-las. Estou sempre trabalhando em algo. Minha gravadora já deu o sinal verde.

Você já esteve no Rio algumas vezes, com o Black Sabbath ou sozinho. Quais são suas impressões da cidade? Você planeja fazer alguma coisa em seu tempo livre aqui? 

Acho que terei um dia ou dois, mas raramente deixo meu quarto de hotel. Eu gostaria de passear, mas vou estar a trabalho, não de férias. Tenho um programa de TV com meu filho Jack em que nós viajamos, vamos a lugares (“Ozzy e Jack’s World Detour”, em que eles visitam cidades americanas e países como Cuba e Japão). 

Qual a sua opinião sobre bandas de heavy metal brasileiras, como Sepultura e Angra?

Sou muito amigo do pessoal do Soulfly (criado por Max Cavalera, ex-Sepultura).

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O que você escuta hoje em dia?

No meu computador, ouço muita coisa antiga: Rolling Stones, Beatles, Eric Clapton. Não acredito em nenhuma música nova, é só música antiga de um jeito diferente.

O Black Sabbath já teve oito vocalistas. Quem você acha que foi o melhor?

Eu.

Depois de anos de abuso de drogas e álcool, você está sóbrio por algum tempo. Como você se sente? Qual é o papel de Sharon em sua vida pessoal e profissional?

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Me sinto ótimo. Minha relação com a família está muito melhor assim. Sharon é minha conselheira, minha empresária, minha esposa e eu a amo.

Você tem alguma mensagem para os fãs no Brasil?

Segurem suas calças que o Ozzy vem aí!

› Jeunesse Arena. Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra. Domingo (20), 20h30. R$ 280,00 (cadeira nível 3) a R$ 680,00 (pista premium, esgotado). 

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