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No CCBB, mostra de Cícero Dias aborda todas as fases do artista

Conheça cinco momentos da mostra "Um Percurso Poético"

Por Renata Magalhães
Atualizado em 19 ago 2017, 14h30 - Publicado em 19 ago 2017, 14h30
(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Constante, 1962. Na contramão de sua natural tendência ao fantástico, a criação do artista torna-se cada vez mais geométrica a partir da década de 50. Na mudança para a abstração plena, Cícero abandona as curvas e as cores suaves — ainda bem longe do concretismo e mais próximo de Kandinsky. A produção em blocos ordenados de forma dinâmica permanece até o fim de sua vida.

(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Visão Carioca, 1965. Fragmento de um painel de 8 metros de comprimento, criado para o extinto Banerj, a pintura hoje faz parte do acervo do Museu do Ingá. A paisagem carioca foi inspiração constante no fim dos anos 20. Em 1928, Dias realizou uma exposição na Policlínica do Rio de Janeiro, prestigiada por intelectuais como o poeta Manuel Bandeira. Na época, não faltaram comentários sobre a “loucura” de seus trabalhos.

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(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Obra sem Título, 1940-1944. Perseguido pelo Estado Novo, o artista partiu para Paris em 1937. Com a eclosão da II Guerra Mundial, foi preso e enviado para Baden-Baden, na Alemanha (onde fez o desenho acima). Libertado, levou em segredo o poema Liberdade, de Paul Éluard. Milhares de cópias dos célebres versos viriam a ser atiradas, por aviões da Força Aérea Britânica, sobre a Paris ocupada por nazistas em 1942.

(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Moça ou Castanha de Caju, 1940. Durante a estada do pernambucano em Lisboa, sua obra sofreu uma mudança radical. Em um momento eufórico e selvagem, o artista buscava exorcizar os fantasmas da guerra, ainda em curso. Com pinceladas brutas e cores inusitadas, os desenhos se tornam mais simples — claramente influenciados por sua amizade com o espanhol Pablo Picasso, que veio a se tornar padrinho de sua filha Sylvia.

(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Baile no Campo, 1937. Durante a década de 30, a produção de Cícero é mais narrativa e lírica, voltada para suas lembranças de infância no Engenho Jundiá, em Pernambuco. Na pintura acima, ele retratou a vida dos camponeses, tendo como elo o canavial. Di Cavalcanti, Mário de Andrade e outros artistas ligados ao modernismo eram seus amigos, ainda que Cícero tenha tomado um caminho singular em sua trajetória.

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