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Mostra do Nirvana é a nova aposta do Museu Histórico Nacional

Tradicional centro cultural faz um mergulho no universo grunge

Por Renata Magalhães
Atualizado em 19 jun 2017, 12h27 - Publicado em 17 jun 2017, 13h15
(MoPop (Museum of Pop Culture)/Divulgação)

Inaugurado em 1922, em um complexo arquitetônico cujas origens remontam ao século XVII, o Museu Histórico Nacional (MHN) guarda rico acervo dedicado à memória do país. A partir de quinta (22), relíquias locais, como a mais numerosa coleção de carruagens da América do Sul ou canhões usados na Guerra do Paraguai, vão ganhar companhia incomum. “Trata-se da maior coleção de guitarras quebradas que você já viu”, avisa Jacob McMurray, curador da mostra Nirvana: Taking Punk Back to the Masses. É isso mesmo: uma exposição sobre a banda americana que encabeçou o movimento grunge, engordou a lista de clássicos do rock e deu à cultura pop a figura de Kurt Cobain (1967-1994) vai sacudir o palacete na antiga Ponta do Calabouço, onde portugueses construíram a Fortaleza de Santiago, em 1603, para defender o Rio de invasores.

Fundado por Paul Allen — um dos criadores da Microsoft —, o Museu de Cultura Pop (MoPOP), em Seattle, manteve a mostra em cartaz por seis anos. Cerca de 200 peças, parte da coleção exposta na cidade natal do grunge (gênero com letras desencantadas, entre o punk e o indie rock, que conquistou o mundo), deixam os Estados Unidos pela primeira vez. Além dos instrumentos destruídos por Cobain (guitarra), nos shows com os parceiros Krist Novoselic (baixo) e Dave Grohl (bateria), o público carioca vai encontrar farta memorabilia (veja alguns exemplos no quadro abaixo), entre fotos, vídeos, entrevistas, itens pessoais e a primeira fita demo, de 1988.

(ARTE/Veja Rio)

Cobain, ídolo genial e atormentado, suicidou-se em 1994. “O Nirvana foi a última banda importante da história do rock”, atesta o jornalista e escritor André Barcinski, autor do livro Barulho — Uma Viagem pelo Underground do Rock Americano (1992), no qual registrou o grunge nos primórdios. Atrás da música e do mito, uma multidão que concorda com Barcinski deve tomar o rumo do vetusto museu carioca. Serão todos muito bem-vindos. Desde outubro de 2015, quando assumiu a direção da instituição, Paulo Knauss busca alcançar um público mais amplo. “Queremos um ponto de vista contemporâneo para tratar temas carregados de história, como o rock”, explica. Sua aposta anterior, The Art of the Brick, atraiu mais de 60 000 visitantes entre novembro de 2016 e fevereiro deste ano. O sucesso foi tal que a exposição de esculturas de Lego está de volta à cidade, agora no Shop­ping Village Mall (leia mais na pág. 52). Como se vê, o MHN é pop — e, agora, grunge.

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