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Jogo virtual Fortnite vira sensação e cativa crianças e adultos

Com modalidade inspirada na trilogia Jogos Vorazes, game Fortnite Battle Royale seduz com desafios-surpresa e boas doses de adrenalina

Por Dilson Júnior
Atualizado em 4 Maio 2018, 11h00 - Publicado em 4 Maio 2018, 11h00
O youtuber Kim Nigro, do canal Patriota: o jogo virou hobby e fonte de renda (Felipe Fittipaldi/Divulgação)

A história soa familiar: isolado numa floresta, o guerreiro tem de derrotar seus inimigos até se tornar o único habitante local. Ao longo da batalha em prol da sobrevivência, surgem no cenário itens-surpresa, que se transformam em artifícios poderosos — e estratégicos — para alcançar a vitória, como armas e material de construção. A semelhança com a narrativa da trilogia Jogos Vorazes não é mera coincidência. Fio condutor do jogo virtual Fortnite, o combate aqui foi inspirado na série de filmes americana, uma das maiores bilheterias do cinema. Só que no lugar de imagens sangrentas entram em cena ambientes lúdicos, que mais parecem uma animação da Pixar. Inicialmente disponibilizado na versão paga, intitulada Save the World (com pacotes entre 79 e 300 reais), o Fortnite ganhou coro mesmo foi com a chegada do Battle Royale, modo gratuito e jogado em grupo, que recentemente foi disponibilizado como aplicativo na Apple Store para iPhones e iPads. Resultado: o game é o fenômeno da vez nesse universo, contabilizando o recorde de 45 milhões de jogadores mundo afora. “Já atingimos o recorde de 3,4 milhões de players on-line simultaneamente, o que é impressionante”, comemora Nick Chester, gerente de relações públicas da produtora Epic Games, autora da criação.

(Arte/Veja Rio)

Ao combinar heróis engraçados — que dançam e esboçam caretas na disputa — a boas pitadas de adrenalina e elementos de jogos badalados como Minecraft, o Fortnite conquistou desde crianças e marmanjos anônimos até celebridades da música e do esporte. Não raro, jogadores de futebol famosos como o francês Antoine Griezmann e o inglês Dele Alli, craques da seleção de seus países, aparecem comemorando os gols fazendo referência ao gestual dos bonecos do game. O que também ajuda a explicar tamanho interesse pela novidade é o fato de a brincadeira ser multiplataforma. Ou seja, o jogo pode rodar tanto em videogames e computadores como em tablets e celulares (veja no quadro). Além disso, dependendo da versão, é permitido escolher entre partidas individuais, em dupla ou com time de até quatro jogadores, cada um deles instalado confortavelmente em sua casa. É justamente essa versatilidade que agrada ao pequeno Henrique Carvalho, de 10 anos. Para enfrentar os rivais, ele empenhou-se em treinar o pai, o engenheiro Bruno Carvalho, de 42, distante dos videogames desde os tempos do lendário Atari. “Meu pai é mais lento, mas tem estratégias melhores. A gente acaba se complementando”, conta o garotinho.

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Henrique e Bruno Carvalho: pai e filho se unem para combater os adversários (Felipe Fittipaldi/Divulgação)

O game vem fazendo tanto sucesso com a turma adepta de um joguinho que o rapper canadense Drake exibiu, em março, ao vivo, um vídeo em que duela com o youtuber americano Tyler “Ninja”, um dos melhores no assunto, com quase 10 milhões de inscritos em seu canal no YouTube. A transmissão alcançou 650 000 espectadores na ocasião. É nesse mesmo universo que se destaca o carioca Kim Nigro, popularmente apelidado de “Patriota”, nome também de seu canal no YouTube, com quase 450 000 seguidores. Além de ser um dos jogadores mais respeitados por aqui, ele engorda o cofrinho com suas habilidades na modalidade. Os vídeos dedicados a mostrar jogadas e macetes do Fortnite já somam mais de 1,1 milhão de visualizações. “É divertido, fácil de ser aprendido por pessoas de todas as idades, e os desenvolvedores estão sempre inovando e surpreendendo”, afirma o jovem, de 28 anos. Outro especialista no ramo, o conterrâneo Felipe Haspel, youtuber, 35, abandonou seu perfil após ter a conta invadida por hackers. Motivado pela estreia do game sensação, voltou a alimentar seu canal e hoje soma cerca de 60 000 inscritos. “Se eu me reergui e alcancei o dobro de seguidores, foi graças a esse jogo”, admite Haspel, conhecido pelo codinome “God Games”. Pelo visto, a guerra é promissora para todos os adversários.

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