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Dois tempos, duas medidas

Irmã Dulce empolga na primeira parte, mas tem deslizes que comprometem o seu resultado

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 12h32 - Publicado em 29 nov 2014, 00h00

 

Na onda de cinebiografias recentes, a exemplo dos filmes sobre Paulo Coelho, Tim Maia e Joãosinho Trinta, Irmã Dulce chega para engrossar a lista. Influente líder católica, indicada ao Nobel da Paz e beatificada em 2011, a baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes (1914-1992) também era merecedora de um longa. E este  cumpre o papel de homenagear o “anjo bom da Bahia”, embora tenha deslizes em sua realização. A história começa promissora ao flagrar, rapidamente, a infância da menina criada pelo pai (Gracindo Júnior). No início da década de 30, a jovem, interpretada por Bianca Comparato, ordena-se freira e adota o nome de Irmã Dulce. Inquieta no convento e dedicada aos pobres, ela desafia o código de conduta ao impor as próprias regras de justiça. É nessa época também que surge o menino João (Lisandro Oliveira), um personagem fictício, resumo de tantas crianças que receberam seus cuidados. Doente, o garoto não quer mais viver com a família e ganha a proteção de Dulce. Bianca segue como protagonista até os anos 60, quando Regina Braga assume o papel — e o longa-metragem desanda. Além de a atriz muitas vezes “perder” o sotaque e ter aparência distinta da de sua antecessora, o roteiro não explica o motivo de João, já adulto, envolver-se na criminalidade. Reducionista, a trama, claro, caminha para o final feliz, seja pelo encontro da beata com o papa João Paulo II, seja pela redenção do protegido dela.✪✪ Irmã Dulce, de Vicente Amorim (Brasil, 2014, 95min). 10 anos. Estreou em 27/11/2014.

 

 

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