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Ele dá o tom

O jovem Danilo Timm é o preparador vocal das estrelas dos musicais cariocas

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h55 - Publicado em 11 nov 2011, 17h29

Poucos já ouviram falar no nome de Danilo Timm, mas é bem provável que tenham visto o resultado do seu trabalho nos teatros da cidade. Com apenas 24 anos, radicado no Rio há três, o brasiliense tornou-se o professor de canto preferido dos principais artistas que encenam musicais. Entre seus pupilos está, por exemplo, o peso-pesado José Mayer, elogiado pelo desempenho em Um Violinista no Telhado. Timm foi responsável também pela preparação vocal de duas duplas em recentes sucessos de público: Paulo Vilhena e Pierre Baitelli, os transexuais de Hedwig e o Centímetro Enfurecido, e Igor Rickli e Hugo Bonemer, da adaptação do clássico hippie Hair. Há duas semanas, o jovem mestre começou mais um trabalho. Será dele a missão de lapidar a voz de Danielle Winits, Thiago Fragoso e outros integrantes de Xanadu, espetáculo que estreia em 2012 com direção de Miguel Falabella. “Minha mãe costuma dizer que eu cantei antes de começar a falar”, conta.

Gracejos familiares à parte, a carreira de Timm começou cedo mesmo. Aos 11 anos, ele teve suas primeiras aulas de piano. Em seguida, entrou para a turma do coro, começou a tocar violão e passou a frequentar classes de canto. Em paralelo, dava início a sua carreira como ator, participando de pequenos musicais. Na lista, adaptações de Fame, Grease e Cats. Tudo isso ainda em Brasília. Foi só aos 18, depois de assistir à grandiosa montagem de O Fantasma da Ópera, em São Paulo, que percebeu a possibilidade de transformar o hobby de garoto em profissão de gente grande. Seu talento como professor foi prontamente reconhecido. Além de novatos e atores desejosos de soltar a voz, estão entre aqueles que não dispensam seus cuidados no dia a dia figurinhas recorrentes dos musicais, a exemplo das experientes Ada Chaseliov e Soraya Ravenle.

O mais curioso da trajetória do jovem, no entanto, é que ele nunca teve uma formação acadêmica. “Sempre fui muito estudioso e observador”, diz. Conclusão: ele desenvolveu um método de ensino peculiar. Cada aluno que chega é avaliado e, de acordo com suas características, Timm estabelece um conjunto de exercícios vocais. “Ele não perde tempo com teorias malucas. Trabalha em cima da canção que será apresentada e pronto”, revela Cláudio Botelho, diretor de O Despertar da Primavera. Foi esse, aliás, o primeiro musical do qual ele participou após desembarcar no Rio. “Cheguei, fiz o teste e passei”, resume. Pouco depois, além de atuar na encenação, já estava à frente do aquecimento vocal de todo o coro. Mesmo com a agenda tomada pelas aulas, o professor de canto não quer abandonar a vocação teatral. Em janeiro estreia em Borralheira ? Uma Opereta Brasileira, adaptação infantil da ópera de Giacomo Rossini (1792-1868). Dentro e fora dos palcos, Timm ainda vai dar muito que falar ? e ouvir, claro.

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