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Árias para um assassino

Primeira ópera do diretor teatral Felipe Hirsch, O Castelo do Barba-Azul chega ao Municipal

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h53 - Publicado em 25 nov 2011, 17h31

De todas as histórias para crianças do francês Charles Perrault (1628-1703), a menos ingênua talvez seja Barba-Azul. Lançado em 1697, em um livro com vários clássicos do autor – Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, A Bela Adormecida e O Gato de Botas entre eles -, o conto tem como protagonista um aristocrata que assassina suas mulheres e esconde os corpos em um quarto da casa. O personagem maligno e de visual estranho inspirou O Castelo do Barba-Azul, única ópera composta pelo húngaro Béla Bartók (1881-1945). Baseado no libreto do conterrâneo Béla Balázs (1884-1949), ele concebeu uma obra enxuta, com apenas um ato e dois cantores. Com esse título, o diretor de teatro Felipe Hirsch fez sua estreia no gênero lírico. Após cumprir temporada na capital mineira, em 2006, e em São Paulo, dois anos depois, chega ao Rio a montagem idealizada por ele, que terá quatro sessões no Theatro Municipal, a partir de domingo (4).

A atração desembarca com boas credenciais. Em 2009, foi agraciada com o Prêmio Carlos Gomes nas categorias melhor ópera e cenário. Este, por sinal, foi concebido por Daniela Thomas (também responsável pelos figurinos) e conta com sete alçapões sobre um plano inclinado. Iluminados por projeções, eles representam as portas da fortaleza do protagonista, que vão sendo abertas por sua presente esposa, Judith.

Cantando em alemão (com legendas eletrônicas), o baixo Luiz Molz e a soprano Céline Imbert vivem o casal. “Tudo é técnico, racional e estudado, mas o resultado é emocionante”, afirma o diretor. Fundador, junto com Hirsch, da Sutil Companhia de Teatro, Guilherme Weber declama o prólogo. O maestro Aylton

Escobar rege a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, reforçada pelo coro da casa.

O Castelo do Barba-Azul. Theatro Municipal (2?237 lugares). Praça Floriano, s/nº, Centro, ☎ 2332-9191, ? Cinelândia. Domingo (4), 17h. R$ 25,00 (galeria) a R$ 504,00 (frisa e camarote com seis lugares). Bilheteria: 10h/18h (seg. a sáb.); a partir das 10h (dom.). IC.

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