Novos chorões
Inspirada em Radamés Gnattali, a Camerata Brasilis lança disco no Jardim Botânico
Criada em 1979 para participar de um tributo a Jacob do Bandolim, a Camerata Carioca reunia em torno do diretor artístico Radamés Gnatalli (1906-1988) músicos talentosos como o bandolinista Joel Nascimento e os então novatos Maurício Carrilho, no violão, e Luciana Rabello, no cavaquinho. Carrilho e Luciana hoje cuidam da Escola Portátil de Música e incentivaram jovens na casa dos 30 anos a montar a Camerata Brasilis, que lança o CD de estreia homônimo na terça (13), no Espaço Tom Jobim.
Com o acréscimo de instrumentos de sopro, o grupo segue os passos do conjunto fundado por Gnattali, especialmente na proposta de cruzar sem cerimônia a fronteira entre a música popular e a erudita. Com direção musical de Carrilho e de outro professor, o maestro Paulo Aragão, Aline Gonçalves (flautas e clarinete), Maria Souto (flautas e sax tenor), Vitor Macedo (clarinete), Luis Barcelos (bandolim), Marcos Tannuri (cavaquinho), Glauber Seixas (violão), João Gabriel Souto (violão), Pedro Aune (contrabaixo) e Gabriel Leite (bateria e percussão) apresentam ao vivo o repertório do disco. Estão incluídos temas de Carrilho, de Aragão, do saxofonista Nailor Proveta e do cavaquinista Jayme Vignoli, todos feitos sob encomenda. Minha Vez, rara polca de Pixinguinha garimpada no acervo do Instituto Moreira Salles, e Vaidosa nº 1, uma valsa de Gnattali, dividem espaço com outra nova: 7×0, de autoria do violonista Glauber Seixas, dialoga com 1×0, clássico de Pixinguinha.
Camerata Brasilis. Livre. Espaço Tom Jobim (500 lugares). Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, ☎ 2274-7012. Terça (13), 20h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (ter.). IC.