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Alex Muralha vai ser pai e fala da vida no Japão pós-Flamengo

"Não estou aqui para fugir do Brasil. Sei do meu potencial", afirma o goleiro, que deixou um conselho para Neymar em relação às críticas

Por Daniela Pessoa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jul 2018, 16h52

Morando no Japão com a esposa Tayrine Seifert, o goleiro Alex Muralha, que está jogando pelo time Albirex Niigata, da segunda divisão japonesa, já deixou para traz o ranço do Flamengo, clube onde sofreu duras críticas pelo seu desempenho. Para coroar a nova fase, vem aí o bebê Benjamin, que nascerá lá mesmo, em Niigata, no Japão. “Descobri alguns dias depois de chegarmos aqui. Será um recomeço”, afirma Muralha. Ele bateu um papo com VEJA RIO:

Como tem sido a sua adaptação no Japão?

Foi tranquilo, porque eu já tinha jogado aqui em 2013 no Shonan Bellmare. A gente sente falta mesmo da família e dos amigos.

Fala japonês?

O clube aqui nos proporciona uma assistência muito boa em relação à intérprete, que está à nossa disposição 24 horas por dia. O que tivemos que reaprender foi a pontualidade. Os intérpretes brincam com a gente que aqui podemos errar tudo, menos o horário. É um bom hábito para depois levarmos de volta ao Brasil.

Como é sua rotina?

A gente tem menos jogos durante a semana, mas, mesmo assim, a gente trabalha muito. O que acho muito legal aqui é que sempre depois de cada treino a gente atende grupos de torcedores pra tirar fotos e dar autógrafos. É bom porque a gente está sempre próximo dos torcedores. No brasil isso não existe.

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É a torcida, é mais tranquila que a do Flamengo?

Graças a Deus fui muito bem recebido aqui. Estou vivendo um novo momento da minha vida. Espero que a gente faça uma boa campanha e suba com o time para a primeira divisão.

Volta para o Flamengo?

Claro que tenho um carinho especial pelo Flamengo, pois foi o clube em que me projetei, mas meu objetivo é permanecer no Japão. Meu contrato vai até o final do ano, espero renovar.

A Copa do Mundo não acabou bem para o Brasil. Gostaria de estar na próxima?

Todo jogador brasileiro sempre almeja vestir a amarelinha, então com certeza eu ficaria muito feliz de ter outra chance.

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Que conselhos você daria ao Neymar para não se abalar com as críticas?

Ele dispensa comentários, é um jogador fora de série, não precisa provar mais nada a ninguém. Como todo craque, ele está sempre no centro das atenções. O que eu diria para ele é isso. Muita gente vai se aproveitar da visibilidade para falar coisas que chamam a atenção do público, mas o que realmente importa é que ele sabe de seu potencial.

Você se arrepende de ter se deixado abater pelas críticas enquanto estava no Flamengo?

Para mim o futebol é muito dinâmico e nós jogadores estamos sujeitos a erros e acertos constantemente. Faz parte da nossa profissão. O que posso garantir é que nunca faltou comprometimento e dedicação da minha parte. Isso me deixa de cabeça tranquila. Não concordei com as críticas, inclusive parte delas foi muito desrespeitosa e desumana. Acho que ninguém merece passar pelo que eu passei. Mas as críticas construtivas  eu absorvi para o meu crescimento profissional. A minha vida no Japão representa um recomeço, com novas metas e conquistas.

Tem medo de voltar ao Brasil, onde já recebeu ameaças?

Vivemos em um mundo de bastante intolerância, mas não tenho medo algum. Não estou no Japão para fugir do Brasil. Eu sei do meu potencial. Tive grandes momentos no Flamengo, cheguei à seleção e sei aonde posso chegar.

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Olhando friamente para a sua temporada no Brasil, teria feito algo diferente?

Não, e o que já aconteceu não tem como mudar. O mais importante é que a minha carreira é feita de princípios, dedicação e muita honestidade.

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