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Stones in Rio

No dia em que os Rolling Stones completam 50 anos de carreira, listamos fatos curiosos dos roqueiros ingleses que amam o Rio

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 15h30 - Publicado em 11 jul 2012, 16h12

Lá se vão 50 anos desde que, liderados pelo cabeludo Mick Jagger, os Rolling Stones subiram pela primeira vez ao palco para uma apresentação. Depois daquela noite de verão britânico de 12 de julho de 1962, o mundo da música virou de cabeça para baixo com as frases rebeldes e a atitude do grupo. Seis anos depois, Mick Jagger iniciava uma outra história, que também marcaria sua vida e a carreira da banda mais importante de todos os tempos – a paixão pelo Rio. Em 6 janeiro de 1968, Jagger desembarcou por aqui com sua namorada, Marianne Faithfull, para passar uma temporada hospedado no hotel Copacabana Palace. A paixão pela cidade foi tamanha que, em dezembro do mesmo ano, ele voltou, dessa vez acompanhado pelo guitarrista dos Stones, Keith Richards. As temporadas de férias por aqui se extenderiam ao longo dos anos 70, quando Mick alugou uma casa na Joatinga, e na década de 80, época em que o vocalista gravou um longa tosquíssimo por aqui, Out of Luck. Na trama, ele é sequestrado por um travesti e abandonado em uma ilha deserta.

Só em 1995, no entanto, a banda viria para cá a trabalho. Desde então, Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood realizaram três shows históricos na cidade, que emocionaram fãs e os próprios roqueiros. Para relembrar os espetáculos, listamos abaixo dez curiosidades dos Stones no Rio.

Megalomaníacos. No primeiro show, causou espanto a parafernália que os Stones trouxeram para o Rio. As 480 toneladas de equipamentos tiveram de ser acondicionadas em 16 contêineres, que vieram de navio. Para montar o palco com 32 metros de altura no gramado do Maracanã foram necessários 350 operários. Não menos exageradas foram as exigências para o camarim, que incluiu sala de ginástica e mesas de pingue pongue.

Vaias antes do show. Contratada para abrir a noite, a banda Spin Doctors, de Nova York, foi alvo de xingamentos e reclamações de parte do público de 70.000 pessoas. Para piorar a tensão, o vocalista, Chris Barron, acabou atingido por um objeto atirado no palco.

Adeptos de satanás. Autores da canção Simpathy for the devil, ou Simpatia pelo demônio, os rebeldes roqueiros ingleses foi alvo de fanáticos religiosos. Na porta estádio, havia um protesto contra a banda demoníaca, que foi solenemente ignorado pelos fãs.

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Três anos depois, tudo de novo. Se os fãs tiveram de esperar trinta anos pelo primeiro show, o segundo veio em intervalo curto, apenas três anos. Em 1998, os Stones saíram novamente em turnê, dessa vez com Bridges to Babylon, e exigiram que a excursão viesse ao Brasil. Sem conseguir autorização para realizar o show no Maracanã, a solução foi montar o palco na Praça da Apoteose.

Espetáculo reduzido. A vontade de voltar era tanta que, mesmo conhecidos pela megalomania, toparam realizar o show em espaço reduzido. “Tivemos dificuldades para achar um lugar no Rio, mas estamos felizes de voltar ao Brasil, mesmo em lugares menores”, disse Mick Jagger à imprensa na época.

Samba no pé. Um dia antes do grande espetáculo, Mick e Charlie Watts tentaram assistir a um ensaio da Portela, na quadra da escola, em Madureira, mas desistiram ao constatar que o local estava lotado. De lá, seguiram para o restaurante Satyricon, em Ipanema.

Que tal mais um dia no Rio? Na hora de ir embora, os quatro optaram por adiar mais um dia a volta aos Estados Unidos. Entre os motivos estava a apresentadora Luciana Gimenez, com quem Jagger se envolveu naquela viagem, engravidando de Lucas Jagger.

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Marco na carreira. Dificilmente Jagger e companhia imaginavam que, com mais 40 anos de carreira, iriam quebrar seu recorde de público. O feito aconteceu em 2006, quando uma plateia formada por 1.5 milhão de pessoas lotou as areias de Copacabana para ouvir Jumpin Jack Flash, Satisfaction e outras pérolas.

Êxtase. Ron Wood descreveu a experiência que teve no Rio em sua autobiografia, lançada em 2007. “A expectativa cresceu até pisarmos no palco da praia de Copacabana. Atravessando a ponte que levava do hotel direto para o palco, havia um sentimento de euforia que droga nenhuma pode provocar. Nós desejamos boa sorte uns aos outros antes de entrar em cena, ou, como diria Keith Richards, abrir a gaiola”.

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