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Mansões que flutuam

Feira náutica no Píer Mauá é boa oportunidade para ver de perto alguns dos iates mais valiosos à venda no país

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 14h03 - Publicado em 24 abr 2013, 18h03
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Com seu litoral exuberante, repleto de enseadas tranquilas, praias de água cristalina e ilhas dignas de descanso de tela, o Rio de Janeiro reúne apelos irrefutáveis para um passeio de barco. Para quem já é do ramo ou planeja aderir ao hobby, um bom programa é ir ao Rio Boat Show, que a partir da próxima quinta (25) ocupará o Píer Mauá. Trata-se do maior salão náutico da América Latina, que chega agora à sua 16ª edição com a expectativa de atrair mais de 40?000 pessoas e movimentar 280 milhões de reais. A natureza sob medida para a navegação não é o único motivo para a escolha da cidade como sede do evento. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Construtores de Barcos, o estado possui a maior frota do país de embarcações acima de 16 pés (aproximadamente 5 metros), o que inclui lanchas, veleiros e iates. Nada menos que 25% das 70?000 embarcações brasileiras enquadradas nessa categoria estão ancoradas na costa fluminense. Um fator que ajudou a impulsionar o mercado foi a política de redução de impostos aos fabricantes do setor promovida pelo governo estadual a partir de 2008. A medida, que atraiu a instalação de estaleiros nacionais e estrangeiros, ampliou o leque de modelos à venda. “Com a recuperação econômica, o Rio voltou ao papel de protagonista da cultura náutica”, diz Ernani Parcionik, organizador da mostra.

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Ao longo de um píer flutuante com 500 metros de extensão, o público terá à disposição cerca de 100 barcos de variados tamanhos e preços (veja alguns deles nesta reportagem). Desta vez, a maior estrela da festa será o Princess 78 Motor Yacht, ao preço de 17,3 milhões de reais. Fabricado na Inglaterra e com 24 metros de comprimento, ele dispõe de quatro suítes, sala de estar e cozinha. Um pouco mais em conta, digamos ? custa 14 milhões de reais ?, o Monte Carlo Yachts 76 é um apartamento flutuante de 300 metros quadrados. De origem francesa, ele tem interior forrado com tecido da grife Armani, suítes com closet e cama king-size. Maior barco de lazer já construído no Brasil, o Schaeffer 800 é apontado como outro destaque da temporada, graças à alta tecnologia, que permite acionar o motor com um iPad e controlar a navegação por meio de joysticks. É dotado de teto solar, garagem para jet ski e abriga confortavelmente 23 pessoas. Custa 12 milhões de reais, quantia que não assustou o apresentador Luciano Huck, o primeiro a garantir uma unidade do modelo.

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No outro extremo da tabela de preços, a indústria vem diversificando sua produção para disponibilizar também modelos ao alcance da classe média. Com 4,5 metros de comprimento e capacidade para sete pessoas, o Pioner 15 sai por 20?000 reais, menos que um carro popular. “O setor percebeu a ascensão social proporcionada pela estabilidade econômica e passou a apostar em produtos mais em conta”, analisa Parcionik. Quem se animar a adquirir um barco, no entanto, deverá ter em mente que há diversos gastos extras, sempre dispendiosos, como o pagamento da tripulação (se for o caso) e a manutenção mecânica. Como o crescimento da frota não foi acompanhado pela oferta de vagas nas marinas cariocas, os poucos espaços disponíveis também estão pela hora da morte. Um título do Iate Club do Rio de Janeiro é vendido por 160?000 reais, fora a mensalidade de 700 reais. Na Marina da Glória, o panorama é idêntico. O proprietário de uma embarcação de até 26 pés (8 metros) deve desembolsar 800 reais todo mês.

foto Filiberto Rotta
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Apesar do incremento do mercado carioca, ainda estamos distantes da realidade dos megaiates da Europa e dos Estados Unidos. O maior e o mais caro de todos pertence ao bilionário russo Roman Abramovich, que pagou pelo brinquedinho 1 bilhão de dólares. Esse verdadeiro castelo aquático tem 170 metros de comprimento, 24 cabines, duas piscinas e dois helipontos. Até mesmo um sistema de defesa antimíssil foi instalado para proteger o oligarca radicado na Inglaterra, que tem negócios nas áreas de petróleo e aviação. Sem preocupação com limites orçamentários, o americano Paul Allen, cofundador da Microsoft, investiu 200 milhões de dólares para construir seu mimo. Além do luxo habitual, o iate, que singrou os mares do Rio em 2004, tem até um submarino para dez pessoas. “Do acabamento aos motores, o céu é o limite”, diz Ivan Gogolevsky, coordenador do Rio Boat Show. Seja a bordo de um iate milionário ou de uma lancha modesta, as paisagens deslumbrantes que se descortinam em um passeio pelo Rio não têm preço.

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