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Para comer de colher

Ovos de chocolate com recheio cremoso ganham as prateleiras da cidade

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h39 - Publicado em 4 abr 2012, 20h27

Escolher o ovo de Páscoa dos sonhos, daqueles que fazem o pecado da gula valer a pena, está longe de ser uma tarefa trivial. Cada vez mais incrementado, exibindo novas embalagens, formatos e confeitos, o principal símbolo da data é reinventado a cada ano. Em meio a tantas variedades nas lojas e supermercados, despontam como grandes estrelas da temporada as versões para comer de colher (ou de joelhos, em certos casos). Antes reservado aos bombons sortidos, o espaço entre uma banda e outra agora traz recheios variados. As opções vão do brigadeiro ao creme trufado, passando pelo marshmallow, a musse e a ?lajotinha?, à base de castanha-de-caju e canela, grande aposta da Kopenhagen para 2012. A delícia já vem com uma colherzinha de aço inoxidável amarrada à caixa, para ninguém perder tempo em busca do talher nem ter dúvidas de como degustá-la. ?Não basta se preocupar com a qualidade do chocolate. Os clientes querem algo mais?, afirma Orlando Glingani, gerente de inovações da marca, para a qual os produtos pascais representam 35% do faturamento anual.

A novidade se espalhou rapidamente pelas docerias artesanais da cidade, sendo adotada por grifes como Chez Bonbon e Colher de Pau. Embora exista uma gama de sabores, o preferido por crianças dos 8 aos 80 anos não chega a ser uma grande surpresa. ?Fui à Bélgica estudar novos tipos de creme e ganache, mas aqui tudo acaba em brigadeiro?, diz Elizabeth Garber, da Beth Chocolates, outra grife a se render aos ovos recheados. Só na Brigaderia Chic há cinco variedades do doce. Pretinho, mas nem tão básico assim, ele aparece nos sabores ao leite, noir (com 75% de cacau), com avelã ou confetes e casadinho. Esse último, uma mistura das versões branca e preta, é o campeão de vendas do ateliê. A parte amarga da brincadeira é o preço: o recheio pode aumentar em até 50% o valor final do produto. Um exemplar de apenas 8,5 centímetros de altura, com 100 gramas, sai a 20 reais na Chez Bonbon. Os maiores, com peso entre 200 e 600 gramas, custam entre 30 e 120 reais.

Assim como acontece com outras ideias de sucesso, existe muita controvérsia sobre a maternidade do ovo com recheio cremoso. Entre as chocolaterias cariocas, é senso comum que a inspiração veio do brigadeiro de colher. Ao circular em panelinhas, bowls e copinhos, a guloseima perdeu o estigma de doce de festa infantil para ganhar destaque em casamentos, nos cardápios de restaurantes e, finalmente, como grande atração na Páscoa. Também não se pode esquecer que a Kopenhagen já fazia sua versão com marshmallow, uma adaptação da Nhá Benta, desde 2002. Para o bom apreciador, no entanto, pouco importa a origem. O difícil mesmo é resistir à tentação e comer um só.

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