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Exposições

Por Carlos Henrique Braz
Atualizado em 5 dez 2016, 15h47 - Publicado em 20 jan 2012, 18h35

ESTREIAS

CHRISTINA OITICICA. Após oito anos sem expor no Rio, a artista carioca, casada com o escritor Paulo Coelho, está de volta em alentada individual. Com curadoria de Rodrigo Accioly, a mostra Mãe Terra reunirá 64 trabalhos produzidos nos últimos dez anos, entre pinturas e quimonos. Sua inusitada técnica consiste em enterrar as obras e depois retirá-las, já transformadas pela ação do tempo. Serão exibidos trabalhos colhidos no Caminho de Santiago de Compostela, no Caminho de Kumano (Japão) e na Amazônia, além de três exemplares desenterrados recentemente na Ilha de Caras, em Angra dos Reis. Uma das peças, Rosa Azul, passou uma temporada sob o solo da cidade medieval de La Roche-sur-Foron, nos Alpes Franceses. A exposição também marca a reabertura da Casa Brasil, ex-sede do Jornal do Brasil, que ocupa a antiga Casa do Bispo, construção de 1715. Casa Brasil. Avenida Paulo de Frontin, 568, Rio Comprido, ☎ 3923-4000. Segunda a sexta, 12h às 18h. Grátis. Até 16 de fevereiro. A partir de quinta (26).

ESQUEMAS PARA UMA ODE TROPICAL. Realizada há oito anos, a tradicional Exposição de Verão da galeria na Gávea ganha edição ampliada. Com título emprestado do livro do poeta mexicano Carlos Pellicer, lançado em 1933 e recheado de referências sobre países da América do Sul, a mostra tem curadoria de Pablo León de La Barra, conterrâneo do escritor. Serão apresentados trabalhos de dezesseis artistas de diversas nacionalidades latino-americanas. Entre os convidados estão Alejandro Cesarco (Uruguai), Felipe Mujica (Chile), Gilda Mantilla (Peru), Raimond Chaves (Colômbia), Irene Kopelman (Argentina), Julia Rometti e Vitor Costales (Equador), Mariana Castillo Deball (México) e os brasileiros Laércio Redondo e Rodrigo Matheus. R$ 5?000,00 a R$ 30?000,00. Galeria Silvia Cintra + Box 4. Rua das Acácias, 104, Gávea, ☎ 2521-0426. → Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 12h às 19h. Grátis. Até 25 de fevereiro. A partir de quinta (26). https://www.silviacintra.com.br.

GIANCARLO NERI. Napolitano, 56 anos, Neri tornou-se conhecido na Europa pela montagem de grandes obras públicas. Em 2009, fez uma intervenção na fachada do Hotel Glória, dentro do projeto Lúmen, sob curadoria de Paulo Reis (1961-2011). De volta à cidade, mostra a instalação Presidente Mão, na Galeria Progetti, e uma versão de sua instalação ao ar livre Massimo Silenzio, criada para o Circo Massimo, em Roma, durante os cinco dias do evento Notte Bianca 2007. Aqui, a obra Máximo Silêncio em Paris levará à Praça Paris cerca de 9?000 globos luminosos que mudam de cor. Galeria Progetti. Travessa do Comércio, 22, Arco do Telles, ☎ 2221-9893. Terça a sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 15 de março. Praça Paris. Glória. Segunda a domingo, 19h à 0h. Grátis. Até 4 de fevereiro. A partir de sexta (27).

(IN) POSSÍVEIS. Professores do Programa Aprofundamento, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Anna Bella Geiger, Fernando Cocchiarale e João Modé dividem a curadoria da coletiva com trabalhos de dezessete artistas integrantes do curso. No acervo entram gravuras, fotografias, vídeos, pinturas, desenhos e objetos híbridos produzidos por nomes em ascensão como Alex Topini, Glaucia Mayer, Ícaro Lira, João Penoni, Juana Amorim, Louise D.D. e Rubens Pileggi. Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Segunda a quinta, 9h às 22h; sexta a domingo e feriados, 10h às 17h. Grátis. Até 1º de abril. A partir de sábado (28). https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

ÚLTIMA SEMANA

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✪✪✪✪ ÍNDIA. Mos­tra com 380 objetos de arte popular, esculturas sacras, fotografias, pinturas e fragmentos de filmes de Bollywood, foi organizada sob a curadoria do holandês radicado no Brasil Peter Tjabbes. O rico material perpassa um pouco da cultura do país asiático, cuja história remonta a 3?300 a.C. São do segmento religioso as obras mais antigas, a exemplo da escultura de uma deusa-mãe datada de 200 a.C. Imagens de Raghubir Singh (1942-1999), um pioneiro na fotografia em cores, revelam cenários e personagens impressionantes. No 2º andar fica o setor de arte contemporânea, com criações em variados suportes concebidas por dezoito artistas, além de dois coletivos. Ali chama atenção a instalação Elevador do Subcontinente, de Gigi Scaria ? com projeções de imagens nas paredes laterais de uma cabine, dá a sensação de que o visitante sobe e desce por vários andares, vislumbrando residências de indianos de classes diversas. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a quinta, 9h às 21h; sexta (27) a domingo (29), 9h às 24h. Grátis. Até domingo (29).

✪✪✪ MONICA BARKI. As 127 obras escolhidas pela curadora Luiza Interlenghi contemplam todas as fases da multifacetada artista carioca. Em cada etapa da carreira, ela explorou um suporte e uma técnica diferente ? usou de óleo sobre tela a assemblage, passando por videoarte e performances. Atualmente, trabalha com desenhos a lápis de cor e pastel seco e oleoso. A cultura popular, a condição feminina, o papel da mulher na sociedade e retratos psicológicos de personagens inventados por Monica Barki são temas recorrentes. Um dos destaques da mostra é a série de bobinas, rolos de 350 metros de papel, com desenhos que se repetem. As máquinas com mecanismos de motor que exibem lonas com impressões em serigrafia representam o período da carreira que vai de 2007 a 2008. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474, ? Cinelândia. Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. R$ 6,00. Grátis aos domingos. Até domingo (29). https://www.mnba.gov.br.

EM CARTAZ

ACERVO MUL.TI.PLO. Trabalhos de Angelo Venosa, Cildo Meireles, Nelson Leirner, Carlos Vergara, Rubem Ludolf, Mariana Serri e Teresa Salgado integram a coletiva. Também no acervo estão os objetos de Maria Carmen Perlingeiro Binóculos e Cartas de Amor, confeccionados com alabastro e ouro; a série Poeminhas, de Célia Euvaldo, com pinturas de pequeno formato em branco e preto; e pinturas coloridas sobre madeira feitas por Eduardo Sued. R$ 600,00 a R$ 20?000,00. Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417, sala 206, Leblon, ☎ 2259-1952. Segunda a sexta, 10h às 18h; sábado, 12h às 14h. Grátis. Até 11 de fevereiro.

✪✪✪ ÁGUA RIO DE JANEIRO. Vista por mais de 200?000 visitantes na Oca, em São Paulo, a mostra sobre o universo da água é exibida em versão reduzida no Rio, dividida em quatro módulos. No primeiro, Desaguar, são apresentadas obras do inglês William Pye e dos brasileiros Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti. No último módulo, Infiltração, o visitante assiste à simulação de uma enchente, acompanhada de dentro de um casebre cenográfico. Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 20,00 (seg. a sáb.); R$ 14,00 (dom.). Grátis para menores de 5 anos, pessoas com mais de 65 e no segundo domingo do mês. A bilheteria fecha meia hora antes. Até 22 de março. https://www.museuhistoriconacional.com.br.

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✪✪✪ CARLITO CARVALHOSA. Lugar Comum é a primeira mostra de Carvalhosa depois da montagem de sua instalação sonora, A Soma dos Dias, no Museum of Modern Art (MoMa) de Nova York ? entre agosto e novembro de 2011. De volta ao Rio, onde vive, o artista paulista exibe outras quatro instalações nas quais reflete sobre as paisagens e seus desdobramentos. Servem de matéria-prima pontaletes de eucalipto, espelhos, tinta, tecidos, lâmpadas fluo­rescentes e alumínio. Quem assina a curadoria é Fernando Cocchiarale. Galeria Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2017, ? General Osório. Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até 4 de março.

✪✪✪ COLETIVA 11. Desde 2003 a galeria Mercedes Viegas promove no fim do ano uma coletiva com trabalhos dos artistas que representa, mostrando o que foi exposto durante o período ? incluindo nomes convidados ? e dando uma prévia do que será exibido na próxima temporada. Entre os trinta artistas escalados estão Waltercio Caldas, Luiza Baldan, Eduardo Sued e Luiz Monken. R$ 1?000,00 a R$ 40?000,00. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rua João Borges, 86, Gávea, ☎ 2294-4305. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 15 de fevereiro. https://www.mercedesviegas.com.br.

✪✪✪ DAISY XAVIER. Com mais de três décadas de carreira, a artista carioca se dedica à investigação, em diversos suportes, da transição de estados ? sólidos e líquidos, cheio e vazio, corpos em movimento, formas mutantes. Daisy traduz esse processo de trabalho em quinze esculturas que, juntas, formam a instalação Último Azul. Objetos do cotidiano, como cadeiras, garrafas, taças, pratos e azulejos, foram empilhados, formando corpos instáveis, prestes a desmoronar. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. Grátis. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Até dia 25. https://www.mamrio.com.br.

✪✪✪ DENISE ARARIPE. Leia em Veja Rio Recomenda. Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida ? Centro Cultural Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema, ☎ 2523-4141, ramal 206. Segunda a sexta, 14h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 17 de fevereiro.

DIÁLOGOS ? FAYGA OSTROWER E ALEX GAMA. Noni Ostrower, filha da artista plástica polonesa radicada no Brasil Fayga Ostrower (1920-2001) e do gravador e professor de artes visuais Alex Gama, reuniu cerca de 120 trabalhos dos dois criadores. No acervo estão 43 desenhos e gravuras assinados por Fayga e exibidos pela última vez em 1963, na extinta Galeria Bonino, além de treze padrões de tecidos por ela desenvolvidos para uma tecelagem. De Gama são exibidos trinta gravuras e trinta matrizes, além de desenhos e objetos. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. → Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 19 de março. https://www.correios.com.br.

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E OS AMIGOS SINCEROS TAMBÉM. Com trabalhos de 24 artistas de diferentes gerações, a coletiva celebra os 75 anos de atividades do Ibeu. Curador da mostra, Bernardo Mosqueira selecionou o elenco após avaliação de 1?500 nomes que já expuseram na Galeria de Arte Ibeu em mais de meio século de funcionamento do espaço. Anna Bella Geiger exibe uma instalação multimídia criada no ano passado. Também estão presentes, entre outros, Ernesto Neto, Fernanda Gomes, Hilton Berredo, José Damasceno, Manfredo De Souzanetto e Tatiana Grimberg. Galeria de Arte Ibeu. Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 690, 2º andar, Copacabana, ☎ 3816-9400, ? Siqueira Campos. → Segunda a sexta, 13h às 19h. Grátis. Até 17 de fevereiro. https://www.ibeu.org.br.

FERNANDA GOMES. De volta ao Rio, após expor no México, a artista celebra vinte anos de carreira com sua maior individual no país. Integram a ocupação objetos de madeira, vidro, papelão e utensílios domésticos, além de móveis comuns como um sofá, uma mesa de cozinha e um banco de ferro. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 8,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 4,00. Grátis para amigos do MAM e menores de 12 anos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 8,00 por grupo. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Até 22 de abril. https://www.mamrio.com.br.

✪✪✪ FRANZ WEISSMANN. Cinquenta obras do artista nascido na Áustria (1911-2005), um dos maiores nomes das artes plásticas no Brasil. Na retrospectiva A Síntese e a Lírica Construtiva, com curadoria de Marcus de Lontra Costa, sobressaem criações monumentais, como Arapuca, de 6 metros de altura, apresentada na Bienal de São Paulo de 1967, e duas imensas composições alaranjadas, exibidas na XI Bienal de Escultura ao Ar Livre, na cidade belga de Antuérpia, em 1971. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Praça Tiradentes, ☎ 2242-1012, ? Presidente Vargas. → Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até 12 de fevereiro.

✪✪✪ GIORGIO VASARI: A INVENÇÃO DO ARTISTA MODERNO. Natural de Arezzo, o arquiteto e pintor Giorgio Vasari (1511-1574) tornou-se conhecido ao projetar importantes edificações e embelezá-las com afrescos. Levam seu jamegão, por exemplo, a Galeria Uffizi e o Palazzo Vecchio, ambos em Florença. Vasari ficaria mais lembrado por ser o primeiro historiador da arte de que se tem notícia. Ele lançou, em 1550, o pioneiro livro do gênero, As Vidas dos Mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos ? De Cimabue até Nossos Dias. Trata-se de um histórico catálogo com biografias de artistas que atuaram nos séculos anteriores, como Giovanni Cimabue (1240-1303), e também na época em que o autor viveu, caso de Michelangelo (1475-1564). Muitos atribuem a Vasari a conceituação desse período como ?Rinascita?, o que lhe valeu o título de Pai do Renascimento. Na mostra, com curadoria da historiadora Elisa Byington, estão 200 desenhos, gravuras e livros raros pertencentes ao acervo da Biblioteca Nacional. Entre os destaques figura um exemplar original da segunda edição de seu livro mais famoso, impressa em 1568. Fundação Biblioteca Nacional ? Espaço Eliseu Visconti. Rua México, s/nº, Centro, ☎ 3095-3862. ? Cinelândia. Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Grátis. Até dia 31. https://www.bn.br.

HIGH TECH/LOW TECH ? FORMAS DE PRODUÇÃO. Diretor do Instituto Goethe, Alfons Hug assina a curadoria da coletiva internacional com trabalhos de vinte artistas e coletivos do Brasil e de outros doze países ? Alemanha, Canadá, China, Colômbia, Curaçao, Estados Unidos, Índia, Nigéria, Suíça, Taiwan, Turquia e Vietnã. No acervo estão representações de objetos primitivos e sofisticadas invenções que, através do contraste, sugerem reflexões sobre avanços e retrocessos proporcionados pela tecnologia. Ilustra bem esse conceito o vídeo In Comparison, em que o alemão Harun Farocki estabelece paralelos entre a fabricação de tijolos na África e na Índia, por nativos, e o mesmo trabalho feito por robôs em indústrias da Suíça, da Áustria e da França. Entre os seis brasileiros selecionados está Mariana Manhães, autora da instalação Dentre (Lâmpadas). Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ? Largo do Machado. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Até 1º de abril. https://www.oifuturo.org.br.

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✪✪✪ IVENS MACHADO. Um dos grandes nomes da videoarte e da arte conceitual brasileira, o artista trabalha desta vez com materiais brutos, como terra, azulejos, caixas de papelão e madeira, para criar ambientes onde aborda conceitos de densidade e grandeza. Machado faz também releituras de algumas de suas obras. É o caso do espaço criado com troncos de madeira empilhados, de alturas que variam de 1,80 metro a 2,20 metros, instalação que remete a um trabalho similar, apresentado na Bienal de São Paulo de 2004. Em um ambiente lateral, o visitante encontra um espaço claustrofóbico, montado com caixas de papelão de vários tamanhos, e um vídeo inédito produzido para a mostra. No outro salão lateral estão sete painéis de azulejos brancos, com intervenções em algumas peças, em que o artista descontextualiza a função desse material. Serão reaproveitadas, após o encerramento da exposição, a terra, as madeiras e as caixas de papelão utilizadas na produção dos trabalhos. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a sábado, 10h às 20h. Grátis. Até 17 de fevereiro. https://www.fcfb.rj.gov.br.

JEAN SOLARI. Parisiense nascido em 1933 e radicado no Brasil desde 1950, Jean Solari ? pronuncia-se Solarrí ? é considerado um dos principais ícones da época de ouro do fotojornalismo brasileiro, entre as décadas de 50 e 70. Contratado pela Editora Abril (que publica VEJA RIO), deu expediente nas redações de QUATRO RODAS e, até 1973, REALIDADE. Atualmente, com 78 anos e fixado em Saquarema, na Região dos Lagos, ele apresenta na retrospectiva quarenta fotografias de temáticas variadas. Entre os destaques do acervo, reunido com curadoria do antropólogo e fotógrafo Milton Guran, estão um registro do grupo de rock Os Mutantes, publicado em junho de 1969, além de curiosidades como a coroação do cantor Cauby Peixoto por fãs ? eleito o ?rei da simpatia? e o ?rei do samba-canção? ? e a solenidade de posse do presidente Jânio Quadros. Caixa Cultural ? Galeria 2. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro. ☎ 2544-4080, ? Carioca. → Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 19 de fevereiro. https://www.caixacultural.com.br.

JOÃO MODÉ. O artista fluminense ocupa com novos trabalhos o interior e os arredores das Cavalariças do Parque Lage. Batizada de Para o Silêncio das Plantas, a mostra conta com intervenções na mata, passadiços por onde o visitante caminha e ouve, por meio de alto-falantes, músicas e sons variados, intercalados com momentos de silêncio. No repertório entram composições clássicas e populares, gravações de rituais dos índios caiapós, pontos de umbanda (para o orixá Oxóssi, protetor das matas), música eletrônica e sons de animais. No interior do espaço expositivo estão desenhos, fotografias e uma relação das obras executadas na trilha sonora. Escola de Artes Visuais do Parque Lage ? Cavalariças. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Segunda a quinta, 9h às 22h; sexta a domingo e feriados, 10h às 17h. Grátis. Até 11 de março. https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

✪✪✪✪ 1911-2011 ? ARTE BRASILEIRA E DEPOIS, NA COLEÇÃO ITAÚ. Criada há mais de seis décadas pelo banqueiro Olavo Setubal (1923-2008), a Coleção Itaú reúne cerca de 12?000 peças. Só de arte brasileira, abriga 3?600 obras, que abrangem épocas e movimentos diversos. Uma nova parte desse rico acervo pode ser vista no Paço. São 186 pinturas, esculturas e instalações selecionadas por Teixeira Coelho, diretor do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Dividido em seis módulos sequenciais, o percurso começa pelo setor A Marca Humana, que dá ênfase ao figurativismo e remete aos primórdios do modernismo no Brasil, com exemplares como A Pequena Aldeã, de Lasar Segall. Também integra essa seção a série completa de estudos de Portinari para o painel Ciclo Econômico, de 1938. O visitante ainda encontra, entre outros trabalhos, o experimentalismo de Paulo Bruscky, além de provocativas criações dos amigos Lygia Clark e Hélio Oiticica e dos multimídia Julio Plaza e Letícia Parente. Paço Imperial. Praça Quinze de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2622. → Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 12 de fevereiro. https://www.pacoimperial.com.br.

✪✪✪ PERIGO. Edineusa Bezerril, Denize Torbes e Fábio Borges, integrantes do grupo Perigo, criaram a mostra para celebrar dez anos de atividades. O principal suporte do trio é a cerâmica. Edineusa apresenta a série Cabeças, na qual representa o homem contemporâneo com esculturas que se complementam com palavras e frases avulsas. Denize Torbes se vale de grafismos presentes em objetos de antigas culturas. Para a série inédita Alvura ? Famílias, a artista usa como base um objeto pontiagudo feito de madeira pela tribo Kamaiurá. Fábio Borges se inspira em cenários cariocas para criar peças como a Serpente, peça sinuosa com o formato do Pão de Açúcar, e provoca em Boi de Piranha, uma bandeira do Brasil composta de 600 piranhas. Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro, ☎ 3261-2550, ? Cinelândia. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 12 de fevereiro. https://www.ccjf.trf2.gov.br.

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A PRIMEIRA DO ANO. Abraham Palatnik, Carlos Zilio, Claudia Bakker, Daisy Xavier, Nuno Ramos, Suzana Queiroga e Waltercio Caldas estão entre os 21 nomes que integram a coletiva com trabalhos em diferentes suportes. Ana Holck exibe uma escultura com bloco de concreto e lâminas de acrílico sextavadas. Desdobramento de pesquisas da artista, a peça ? um múltiplo com tiragem de dez exemplares ? foi inspirada na criação apresentada na exposição Lost in Lace, na Inglaterra, em outubro de 2011. R$ 3?400,00 a R$ 23?000,00. Anita Schwartz Galeria de Arte. Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, ☎ 2274-3873. Segunda a sexta, 10h às 20h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 10 de março. https://www.anitaschwartz.com.br.

RAIMUNDO RODRIGUEZ. Na individual que leva seu nome, o artista cearense radicado no Rio apresenta quinze trabalhos, entre quadros, objetos e esculturas. Conhecido por reciclar materiais descartados, Rodriguez dá função nobre a retalhos de madeira e latas de tinta. No acervo, com curadoria de Renata Gesomino, há vistosas telas em técnica mista ? colagem e pintura ? da série Latifundio. R$ 2?000,00 a R$ 35?000,00. Caza Arte Contemporânea. Rua do Resende, 52, Lapa, ☎ 9802-1848 (informações). Segunda a sexta, 14h às 19h. Grátis. Até 3 de março.

FOTOGRAFIA

✪✪✪✪ MANUEL ÁLVAREZ BRAVO. O artista mexicano Manuel Álvarez Bravo (1902-2002) é um expoente da fotografia em seu país. Na mostra estão mais de 250 imagens, com ênfase nas décadas de 20 a 50. Ao longo de mais de setenta anos de carreira, Bravo conviveu com artistas e intelectuais de relevo, como seu ilustre colega francês Cartier-Bresson, os pintores mexicanos Diego Rivera e Frida Kahlo e o surrealista André Breton. Em suas fotografias, o artista re­vela cenas do cotidiano e da cultura popular mexicana, sempre com um olhar poético e sensível. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a sexta, 13h às 20h; sábado e domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 26 de fevereiro. https://www.ims.com.br.

✪✪✪ RICARDO FUJI. Em sua primeira exposição, Ilumina, o fotógrafo Fuji, que já trabalhou em produções de TV e grandes eventos musicais ? como o Rock in Rio ?, apresenta uma série de imagens resultantes de uma experiência com fumaça. O artista clicou vários momentos da fumaça provocada por incenso e, posteriormente, aplicou técnica de espelhamento, criando curiosos formatos. Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro, ☎ 3261-2550, ? Cinelândia. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 12 de fevereiro. https://www.ccjf.trf2.gov.br.

✪✪✪✪ THOMAS FARKAS. Nascido em Budapeste, na Hungria, Thomas Farkas (1924-2011) veio para o Brasil com a família aos 6 anos e, aqui, deu relevante contribuição à iconografia moderna nacional. Thomas Farkas: uma Antologia Pessoal é uma retrospectiva composta de 115 trabalhos abrigados no acervo do IMS, em boa parte escolhidos para exibição pelo próprio autor. Na seleção, entraram peças representativas de sua trajetória, incluindo as séries sobre a construção de Brasília, revelando a faceta documental do seu trabalho. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a sexta, 13h às 20h; sábado e domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 26 de fevereiro. https://www.ims.com.br.

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