A Barra avança para o mar
Não é um disco voador, muito menos um novo museu concorrente do MAC niteroiense. Trata-se de um projeto da Secretaria de Estado do Ambiente para o Quebra-Mar da Barra, ao lado do Joá. Como mostra a foto, o plano prevê o prolongamento da pista, mar adentro, em quase 200 metros, além da construção de um restaurante panorâmico bem na ponta do cabo. Também está programada para a região a criação de uma ilha-parque lacunar, de 400?000 metros quadrados, a partir de sedimentos retirados do fundo de lagoas de Camorim e Jacarepaguá. O objetivo é que ela fique pronta antes da Olimpíada de 2016.
Bem-me-quer, mal-me-quer
Os cariocas estão se divorciando como nunca. É o que revelam dados recentes divulgados pelo Tribunal de Justiça do Estado. O advogado Luiz Octávio Rocha Miranda, com trinta anos de profissão, tendo atuado em cerca de 800 separações, analisa o quadro: ?Não chega a ser uma epidemia de divórcios, mas o fato é que o casamento vem perdendo a característica de instituição de direito. Há dez anos, somente causas fortes e relevantes conduziam o casal à separação. Hoje, uma divergência mínima já leva ao fim do casamento?.
Sons que vêm do bambu
Ex-baterista da banda paulista Titãs, Charles Gavin esteve no mês passado no Jardim Botânico para uma missão inusitada: captar, com a ajuda de modernos equipamentos, o som que o vento provoca nos bambuzais do parque. Ele, que também é pesquisador musical e apresentador de TV, veio à cidade convidado pelo DJ João Brasil, líder do projeto Remix J&B Rio. A ideia é lançar, em janeiro, um CD com músicas que tenham como pano de fundo barulhos reais, urbanos, como o furdunço de uma cozinha de restaurante chique, gravado recentemente por Ed Motta, e as freadas dos bondinhos do Cosme Velho, tarefa realizada pela cantora Nina Becker.
Memória da cidade
Aquelas pipas em forma de pássaro, muito comuns na Copacabana dos anos 60, estão de volta ? não como artigos de camelô de areia, mas fazendo parte da decoração de um dos mais tradicionais restaurantes do Rio, o Albamar, na Praça Marechal Âncora, na Zona Portuária. São trinta peças de fibra de vidro pintadas em preto e branco, penduradas no teto do salão do 2o andar, de onde se avistam, pela janela, aviões pousando no Santos Dumont e o vaivém das combalidas barcas que cumprem a linha Rio-Niterói. Os papagaios foram concebidos pelo arquiteto Chicô Gouvêa, e o badalado Peter Gasper assina a nova iluminação do ambiente.
Penetras na avenida
Até os anos 70, o Carnaval carioca, como acontece no futebol, tinha quatro grandes: Mangueira, Portela, Salgueiro e Império. Mas a partir de 1976 um trio de penetras arrombou a festa. A história de como Beija-Flor, Imperatriz e Mocidade passaram a rivalizar com as escolas tradicionais é contada no livro As Três Irmãs, de Alan Diniz, Alexandre Medeiros e Fábio Fabato, que será lançado em janeiro, pela Nova Terra. Na capa, desenhos de Piná, Rosa Magalhães e Elza Soares, figuras marcantes dessas três agremiações.