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Só para os ouvidos

Festival reúne a nata da música instrumental brasileira no Copacabana Palace a partir de quinta (1º)

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 jun 2017, 14h19 - Publicado em 31 out 2012, 16h37
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Em meados da década de 50, o trecho entre os números 21 e 37 da Rua Duvivier, em Copacabana, transformou-se num famoso ponto de encontro da boemia musical. Dolores Duran, Wilson das Neves, Airto Moreira, Hermeto Paschoal, Elis Regina, Baden Powell e João Donato eram alguns dos nomes que batiam ponto por ali, protagonizando apresentações quase casuais e sempre memoráveis. Não à toa, o Beco das Garrafas, como ficou conhecida a região, acabou tornando-se o berço do mais importante movimento brasileiro, a bossa nova. Foi justamente esse clima de informalidade e efervescência que serviu de inspiração para o CopaFest, festival que acontece pelo quinto ano consecutivo no Copacabana Palace. “Nossa ideia é promover o encontro de figuras consagradas na música instrumental nacional fazendo reviver a tradição da época áurea do beco”, explica o curador Bernardo Vilhena.

Não é de estranhar, portanto, que Eumir Deodato tenha sido escalado para abrir o primeiro dia de shows. Radicado nos Estados Unidos desde o fim dos anos 60, o compositor era um frequentador assíduo do Beco das Garrafas. Depois de tocar ao lado de ícones do jazz americano como Aretha Franklin, Frank Sinatra e Sarah Vaughan, ele sobe ao palco acompanhado por oito músicos e, é claro, pelo seu piano, definido por Tom Jobim como “excelente, impecável e oportuno”. “Será uma noite incomum, porque estou acostumado a me apresentar em trio. Mas a ideia é essa, experimentar”, diz Deodato. Outro destaque da programação é a primeira audição mundial do Shinkansen, formado pelos bambas Liminha, Toninho Horta, Jaques Morelembaum e Marcos Suzano em maio de 2011. O repertório do grupo, com ritmos que passam pelo jazz, rock e baião, é inédito e já aguardado no Japão e nos Estados Unidos, lugares onde o quarteto está com turnê agendada.

Embora os salões do Copacabana Palace provoquem uma associação imediata à pompa e ao glamour, o preço dos ingressos ? 80 reais por noite ? visa à popularização desse gênero musical, que na maioria das vezes tem um público restrito. Por isso, no último dia, mesas e cadeiras saem de cena e o imponente Salão Cristal vira uma grande pista de dança comandada por Pepeu Gomes e, em seguida, Wilson das Neves, numa reapresentação do disco de 1976 O Som Quente É o das Neves. “No próximo ano, inclusive, as bandas da nova geração poderão se inscrever para tocar no festival”, acrescenta Vilhena.

CopaFest. Avenida Atlântica, 1702, Copacabana Palace (Salão Cristal), Copacabana ☎ 2548-7070. Quinta (1º) a sábado (3). A partir das 20h. R$ 80,00 a R$ 120,00. Estac. c/manobr (R$ 15,00). www.copafest.com.br.

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