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Espaço mínimo, conforto máximo

A mostra Casa Cor desafia profissionais a mobiliar recintos minúsculos. Veja as soluções que alguns deles encontraram

Por Leticia Pimenta
Atualizado em 5 jun 2017, 14h22 - Publicado em 3 out 2012, 17h53

Geralmente tomando como base ambientes amplos, que se prestam a todo tipo de criação saída da cabeça de arquitetos e decoradores, a mostra Casa Cor passou por uma transformação radical em sua 22ª edição, que se inicia na próxima quarta-feira (3). Em vez de utilizarem os espaços avantajados dos casarões e palacetes que costumam receber a exibição, esses profissionais tiveram de bolar projetos para cômodos exíguos, o menor deles com 12 metros quadrados (confira ao longo da reportagem algumas das atrações). A exposição vem ao encontro de uma tendência das metrópoles no mundo todo ? a crescente demanda por apartamentos cada vez mais compactos, os chamados “apertamentos”. No Rio de Janeiro, o número de lançamentos imobiliários com apenas um quarto saltou de 28, três anos atrás, para 218, em 2012. No mesmo período, a área média das residências de um dormitório passou de 50 para 38 metros quadrados. “O espaço nas cidades se valorizou muito. Assim, as unidades novas tiveram de ter seu tamanho reduzido”, afirma Leonardo Schneider, vice-presidente de assuntos condominiais do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio).

O imóvel no qual ocorrerá o evento combina perfeitamente com a proposta: a antiga Casa do Estudante Universitário (CEU) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo. Construído como um hotel de luxo para acolher turistas estrangeiros durante as celebrações do centenário da independência, em 1922, o edifício de três andares tem cerca de 100 cômodos. No 1º piso ficarão os lofts e pequenos apartamentos; no 2º, a área de escritórios, lojas, galeria de arte e livraria; e, no pavimento superior, um bar. No total, são 52 ambientes, concebidos por mais de oitenta profissionais, que quebraram a cabeça a fim de encontrar soluções para os cubículos. Cores claras nas paredes e o uso de espelhos são alguns dos truques recorrentes para que o recinto pareça maior. “Além de nos fazer aprender a não desperdiçar nem 1 metro quadrado, o trabalho em espaços pequenos é um excelente exercício para evitar o acúmulo de coisas desnecessárias”, resume o arquiteto Luiz Fernando Grabowsky, que está no elenco da Casa Cor. Onde falta espaço sobra criatividade.

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Estúdio do chef

Autor Thoni Litsz

Metragem 28 m2

Reflete o apartamento de quem gosta de reunir amigos em torno da mesa. Na cozinha predomina o azul, uma cor que amplia o espaço. Uma bancada divide a sala de estar da área de preparo dos pratos. O espaço da janela foi aproveitado com uma mini-horta. No quarto (acima), que serve também de escritório, há armários e estantes moduladas. A TV fica num painel suspenso de vidro.

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Estúdio

Autora Paloma Yamagata

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Metragem 18 m2

Para facilitar a circulação, o sofá foi disposto no meio do ambiente. O pé-direito alto permitiu a criação de um mezanino para a suíte. A escada de acesso (no detalhe) é formada por nichos que funcionam como estante. Atrás do sofá foi criado um lugar para o maleiro. O frigobar (mais à dir.) divide espaço com livros e objetos de decoração.

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Estúdio da estilista

Autoras Gabriela Eloy e Carolina Travaglini

Metragem 30 m2

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Os dois cômodos reservados para o projeto foram convertidos em sala de estar (acima), quarto e minicopa. A porta que dividia os recintos foi reutilizada como mesa, enquanto o portal original ganhou uma tela com ganchos para pendurar acessórios. O reaproveitamento de materiais aparece nas molduras de ferro sobre a estante e na escada (à dir.), na sala.

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Apartamento dos filhos

Autora Marise Marini

Metragem 32 m2

Foi pensado como uma residência de filhos que moram no prédio dos pais. No quarto da jovem, a penteadeira vira mesa de estudos (acima). No cômodo do rapaz, a TV fica embutida no armário. A sala (foto maior, à esq.) tem mesa de jantar, minicopa, TV e um sofá-cama.

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