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Teatro de Revista

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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio
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Uma conversa com o ator Pablo Sanábio

Aos 30 anos, o ator Pablo Sanábio tem se desdobrado em muitos. Não perca o fôlego: como ator, ele está viajando pelo Brasil com Edukators, adaptação teatral do filme cult de 2004 dirigido pelo austríaco Hans Weingartner, segue em turnê com o infantil O Menino que Vendia Palavras, baseado na obra de Ignácio de Loyola […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 19h07 - Publicado em 17 Maio 2013, 16h08
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Aos 30 anos, o ator Pablo Sanábio tem se desdobrado em muitos. Não perca o fôlego: como ator, ele está viajando pelo Brasil com Edukators, adaptação teatral do filme cult de 2004 dirigido pelo austríaco Hans Weingartner, segue em turnê com o infantil O Menino que Vendia Palavras, baseado na obra de Ignácio de Loyola Brandão, e volta ao circuito carioca no próximo dia 28 com R & J de Shakespeare — Juventude Interrompida, uma das melhores peças de 2011, do americano Joe Calarco, livremente inspirada em Romeu e Julieta, de Shakespeare. Ele também é um produtor ativo: todas as três montagens citadas são projetos dele. No momento, ele ainda se dedica à produção de Fonchito e a Lua, adaptação infantil para o teatro de uma história do escritor peruano Mario Vargas Llosa. No meio de tudo isso, o superatarefado rapaz encontrou tempo para responder algumas perguntas do blog por e-mail. Confiram:

Como você entrou em contato com o texto de R & J de Shakespeare, e como foi a ideia de montá-lo?

O texto chegou através do João Fonseca (diretor da montagem brasileira). Ele estava em Nova York e viu a abreviação de Romeu e Julieta no título do espetáculo. E ficou intrigado com o fato de a peça ser feita por quatro meninos. Ele comentou comigo e fui atras do texto. Queria fazer um espetáculo em que o ator fosse o grande foco. Tinha vontade de fazer uma coisa que tivesse a mesma energia de A Máquina, peça dirigida pelo João Falcão, com texto da Adriana Falcão.

R & J de Shakespeare já passou por mais de cinquenta cidades desde a estreia, em 2011. A que você atribui o sucesso da peça?

Acho que se deve muito à forma com que a direção foi conduzida, pois a montagem consegue atingir todas as faixas etárias e públicos que já conhecem ou não a história. A excelente tradução do Geraldinho Carneiro também contribui muito para o bom desempenho. É um espetáculo que é teatro na sua essência mais pura e plena!

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O elenco da nova temporada no Rio é diferente daquele que passou por aqui anteriormente — Felipe Lima permanece, mas Ícaro Silva e Johnny Massaro entraram nos lugares de Rodrigo Pandolfo e João Gabriel Vasconcellos. O que muda?

O espetáculo está há dois anos e meio em cartaz. Como todos os atores fazem TV e cinema, é natural essa modificação do elenco. Já fui substituído quando estava fazendo a novela O Astro. Os dois novos atores são profissionais que admiro muito. Eles viram a peça quando ela estreou e, desde aquele momento, tinham o desejo de fazer parte do projeto.

Mudando de assunto, como está a turnê de Edukators?

Esta incrível! Escrevo as respostas desta entrevista no quarto de hotel de Porto Alegre, onde vamos fazer duas apresentações. Os ingressos da temporada de São Paulo acabaram na primeira semana para todas as apresentações de dois meses.

Edukators e R & J de Shakespeare, embora tratem de assuntos endereçados a qualquer público, são peças com uma pegada jovem. Essa abordagem te interessa de forma especial ou foi apenas uma coincidência?

Adoro boas histórias. Acabou que, coincidentemente, os universos de ambas as peças tratam de um rito de passagem da juventude para a maturidade. Mas gosto, sim, de falar sobre esse momento tão importante da nossa vida.

Você tem se dedicado a projetos em teatro infantil e segue se apresentando em O Menino que Vendia Palavras, que foi encenado recentemente em Portugal. Como foi?

Já estamos há quase dois anos em cartaz com o espetáculo. Temos uma turnê nacional neste ano pra fazer. Apresentar esse projeto em Portugal foi uma grande realização para todos nós, envolvidos. Ao mesmo tempo, foi um desafio falar de uma história em que a palavra é a grande protagonista, sendo que falamos a mesma língua, mas temos expressões coloquiais bem distintas.

Quais são seus próximos projetos?

Vou montar Fonchito e a Lua, do Mario Vargas Llosa para o teatro. Terá direção do Daniel Herz, direção de arte do Ronaldo Fraga e trilha sonora do Uakti.

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