Gustavo Rodrigues fala sobre o futuro de Billdog
Se você ainda não viu, programe-se: depois de nove meses em cartaz quase sem interrupções, o monólogo cômico Billdog, atualmente no Teatro do Leblon, encerra os trabalhos em 1° de junho. O espetáculo é a primeira montagem brasileira de Bane, sucesso na temporada londrina de 2009, escrito, dirigido e estrelado pelo inglês Joe Bone. Aqui, quem […]

Se você ainda não viu, programe-se: depois de nove meses em cartaz quase sem interrupções, o monólogo cômico Billdog, atualmente no Teatro do Leblon, encerra os trabalhos em 1° de junho. O espetáculo é a primeira montagem brasileira de Bane, sucesso na temporada londrina de 2009, escrito, dirigido e estrelado pelo inglês Joe Bone. Aqui, quem está em cena é Gustavo Rodrigues, que conheceu a peça em uma viagem à Europa e foi atrás dos direitos para encená-la. Conseguiu mais do que isso: Billdog tem direção do próprio Bone, e conjunto com Guilherme Leme. “É um projeto muito íntimo, no qual investi um ano e oito meses de intenso trabalho, e que resgatou meu entusiasmo com o teatro. Tudo começou quando quis respirar novos ares e fui passar uma temporada em Londres. Na primeira semana de viagem, tentei ver Throats, de Gerald Thomas, que estava lotado. Então, a moça da bilheteria me indicou Bane. Era o último dia de peça e, após entrar em uma fila de espera, só restava um lugar, o meu!”, lembra o ator.
Apesar de sua curta duração — tem apenas 65 minutos —, o espetáculo é um tour de force para Rodrigues, que se desdobra em quase quarenta personagens. O protagonista é aquele que dá nome à peça, um mercenário perigoso que, de repente, se vê em uma situação inversa à que está acostumado: ele próprio vira alvo de um bandido. Rodrigues vive não apenas Billdog e as pessoas que se relacionam com ele, mas faz as mímicas, sonoplastias e onomatopeias de tudo que acontece em cena: miados de gato, trocas de tiros, perseguições automobilísticas, portas que rangem e por aí vai. Também no palco, um guitarrista faz a trilha sonora, ao vivo. “Tem uma originalidade na construção dramatúrgica e estética que conquistou critica e público no Rio. Ainda ganhei o Prêmio Ítalo Rossi de melhor ator de 2012, no Festival Internacional de Teatro de Angra. É um enorme prazer fazer uma peça que me agrada tanto”, diz Rodrigues.
Quem gostou do espetáculo não perde por esperar: a mostra Cena Brasil Internacional, que começa em 6 de junho, tem como uma das atrações o Bane original, com Bone em cena (informações sobre data e local ainda não foram divulgadas). Em junho, o autor-diretor-ator volta ao Rio para trabalhar, junto com Rodrigues, na continuação de Billdog — em Londres, Bane é uma trilogia. “Pretendo estrear Billdog 2 no início de 2014. Em julho, partimos com Billdog para o Sul, onde faremos o espetáculo em dez cidades. No segundo semestre, vamos para São Paulo”, adianta o ator.
Em tempo, confira as minhas impressões sobre o espetáculo aqui.