Crítica: Dzi Croquettes em Bandália
✪✪✪ DZI CROQUETTES EM BANDÁLIA, de Ciro Barcelos. Um dos remanescentes do grupo que, com sua mistura de música, humor e androginia, sacudiu o showbiz brasileiro nos anos 70, Barcelos assina o texto e a direção deste musical. A ideia de trazer a trupe para os dias de hoje esbarra numa incontornável sensação de anacronismo […]

✪✪✪ DZI CROQUETTES EM BANDÁLIA, de Ciro Barcelos. Um dos remanescentes do grupo que, com sua mistura de música, humor e androginia, sacudiu o showbiz brasileiro nos anos 70, Barcelos assina o texto e a direção deste musical. A ideia de trazer a trupe para os dias de hoje esbarra numa incontornável sensação de anacronismo — as circunstâncias sociais e políticas da época em que os Dzi Croquettes fizeram sucesso eram totalmente diferentes das do presente. Na trama, oito jovens atores meio desiludidos decidem viver uma experiência teatral baseada na filosofia dos Dzi. Para tanto, eles contam com a ajuda de um dos integrantes da formação original — o próprio Barcelos, fazendo o papel dele mesmo — e começam a montar números musicais inspirados na estética do grupo. Resumida a duas cenas curtas e sem conclusão alguma, a história dos rapazes não diz muito a que veio. As ressalvas não obscurecem o brilho daquilo que aqui realmente importa: os números, interpretados com carisma, humor e impressionante vigor físico. A trilha inclui composições do autor, mas também passa por sucessos de Titãs e Mamonas Assassinas. Outros dois ex-Dzi estão envolvidos com a produção: Bayard Tonelli, no elenco, e Claudio Tovar, responsável pelos esfuziantes figurinos.