Crítica: À Beira do Abismo me Cresceram Asas
✪✪✪ À BEIRA DO ABISMO ME CRESCERAM ASAS, de Maitê Proença. Atriz de carreira consagrada, Maitê Proença vem repetindo o êxito como autora teatral. Depois da estreia, Achadas e Perdidas (2005), conquistou o Prêmio Shell pelo texto de As Meninas (2009), que assinou com Luiz Carlos Góes. Na terceira investida, partiu de depoimentos colhidos pelo […]
✪✪✪ À BEIRA DO ABISMO ME CRESCERAM ASAS, de Maitê Proença. Atriz de carreira consagrada, Maitê Proença vem repetindo o êxito como autora teatral. Depois da estreia, Achadas e Perdidas (2005), conquistou o Prêmio Shell pelo texto de As Meninas (2009), que assinou com Luiz Carlos Góes. Na terceira investida, partiu de depoimentos colhidos pelo produtor e autor Fernando Duarte em asilos do Brasil. Através deles, construiu a singela trama sobre duas octogenárias que moram em uma casa para idosos vividas pela própria Maitê e por Clarisse Derzié Luz. Com habilidade, ela dosa dilemas e amarguras típicos da velhice, além de diálogos espirituosos e cheios de humor, estes mais a cargo da personagem de Clarisse, atormentada por uma tristeza do passado. À distância prudente da caricatura, as duas senhoras cativam a plateia sem fazer muito mais do que contar suas histórias. A propósito: a direção também é de Maitê, ao lado de Clarice Niskier. Supervisão de Amir Haddad.