Banda cover é um perigo. Quando descamba para a caricatura, voluntária ou não, espanta os fãs do original e arranca, no máximo, risadas em vez de aplausos. Nas mãos de músicos tarimbados, e apaixonados pelo repertório que revisitam, as chances de a coisa dar certo aumentam consideravelmente. Fãs do progressivo, regozijai-vos: um esmerado tributo dedicado ao gênero ocupa o Solar de Botafogo no sábado (27), às 21h, e no domingo (28), às 19h30 (40,00 o ingresso). No palco, o projeto Ícones do Progressivo reúne músicos experientes, a exemplo de Elcio Cáfaro. O baterista que já acompanhou dezenas de estrelas, de Chico Buarque a Luiz Melodia, passando por João Bosco e Dionne Warwick, confessou estar se divertindo a valer tocando o som que ouvia na adolescência, ao lado de Paulo Menezes (baixo), Paulo Teles (flauta), Roberto Ovalle (teclado) e Luiz Zamith (guitarra). Foi Zamith quem deu a ideia de interpretar, sempre em versões instrumentais, temas de Emerson Lake & Palmer, Genesis, Focus, Yes, Jethro Tull, Premiata Forneria Marconi… Não por acaso, o guitarrista decidiu que ia ser músico quando, aos 13 anos, assistiu a um show do Genesis no Rio, em 1977,, ainda com Steve Hackett na guitarra. Agora, mata as saudades, dele e de quem mais chegar, ao vivo no Solar de Botafogo.
Assista aqui ao começo do show realizado no Teatro da Uerj, no ano passado:
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