O samba é o dom dele: Wilson das neves

Wilson das Neves: a caminho da merecida consagração no Theatro Municipal

Na próxima quarta, dia 14, os vencedores do 25º Prêmio da Música Brasileira serão anunciados com festa no Theatro Municipal. Dois dias antes da cerimônia, já se conhece um campeão: Wilson das Neves, 77 anos, exímio baterista, sambista das antigas que dribla o tempo com agenda sempre cheia. Das Neves concorre nas categorias melhor disco de samba (pelas elegantes faixas com um pé na gafieira reunidas em Se Me Chamar, Ô Sorte, lançado em 2013) e melhor cantor (pela interpretação da faixa-título). Na disputa da melhor canção, já ganhou. São suas as três finalistas indicadas – Cara de Queixa (parceria com Paulo César Pinheiro), Se Me Chamar, Ô Sorte (com Claudio Jorge) e Samba para João (com Chico Buarque). Tarimbado, o músico participou ativamente da época de ouro das orquestras populares no Brasil, nos anos 50 e 60. Na década seguinte, comandou sua própria turma em lançamentos balançantes como O Som Quente É o das Neves (1976). Tem mais. Sempre na labuta, já acompanhou Elza Soares, Elis Regina, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso e Roberto Carlos. Participa dos carnavais de sua querida Império Serrano, toca na banda de Chico Buarque e diverte-se com seus pares mais jovens nos bailes da Orquestra Imperial. Assista aqui embaixo à sua interpretação de Samba para João, composta em homenagem a seu bisneto.

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