O Brasil de Francisco Mignone
Desde cedo, o garoto nascido em São Paulo divertia-se tocando flauta e piano em saraus e outros festejos. Quando viu, já levava a música a sério, a ponto de desdobrar-se: como compositor popular, escondia-se sob o pseudônimo de Chico Bororó. Na seara erudita, entrou para a história ostentando o nome oficial: Francisco Mignone (1897-1986). Por […]
Desde cedo, o garoto nascido em São Paulo divertia-se tocando flauta e piano em saraus e outros festejos. Quando viu, já levava a música a sério, a ponto de desdobrar-se: como compositor popular, escondia-se sob o pseudônimo de Chico Bororó. Na seara erudita, entrou para a história ostentando o nome oficial: Francisco Mignone (1897-1986). Por influência do amigo Mário de Andrade, Mignone aderiu ao movimento modernista e, até o fim da vida, acabou construindo um repertório único, que se notabilizou por fundir o popular, o folclórico e o clássico. Essa rica obra será lembrada na Academia Brasileira de Letras. Nesta quinta (2), às 11h15, os 30 anos de morte do maestro inspiram o debate “Riqueza e Criatividade na Obra de Francisco Mignone”, com os maestros Ricardo Tacuchian e Roberto Duarte, sob mediação do imortal Marco Lucchesi. Às 12h30, a prosa dará lugar à música: talentos de gerações diversas, Maria Helena de Andrade (piano), Ayran Nicodemo (violino) e Odette Ernest Dias (flauta) vão interpretar, entre outras peças, Muié… É Café (do heterônimo Chico Bororó), Valsa de Esquina Nº 3 e Noturno Sertanejo. O programa é gratuito.
Assista, abaixo, a um registro da interpretação de Maria Josephina Mignone, mulher do maestro, para a dolente Valsa de Esquina Nº 12
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