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Hélio Delmiro, mas pode chamar de virtuose

Não custa repetir: a programação musical da Casa do Choro (Rua da Carioca, 38), ótima opção de lazer para a hora do almoço ou o fim do expediente no Centro, costuma ocupar o palco do auditório Radamés Gnattali com o fino da bossa a preços módicos. Entre os músicos já convidados tem muita gente nova […]

Por Pedro Tinoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 fev 2017, 17h46 - Publicado em 9 nov 2015, 09h00
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O craque em foto de Nem Queiroz: três dias de show na Casa do Choro

O craque em foto de Nem Queiroz: três dias de show na Casa do Choro

Não custa repetir: a programação musical da Casa do Choro (Rua da Carioca, 38), ótima opção de lazer para a hora do almoço ou o fim do expediente no Centro, costuma ocupar o palco do auditório Radamés Gnattali com o fino da bossa a preços módicos. Entre os músicos já convidados tem muita gente nova e talentosa, alguns nomes conhecidos e pelo menos uma (desculpem a expressão, tô meio com pressa) lenda viva: Hélio Delmiro deu as caras por lá na semana passada e repete a dose, de quarta (11) a sexta (13), às 12h30, com ingresso a trinta reais (eles só aceitam cash). Carioca, 68 anos, Delmiro começou a brilhar na década de 60, em formações instrumentais. Depois, passou a acompanhar cantores como Eduardo Conde, Beth Carvalho, Clara Nunes, Milton Nascimento e Marlene, entre outros. Na banda de Elis Regina, viajou pelos quatro cantos, expandindo a fama de virtuose. Participou do LP Elis e Tom, em Los Angeles, em 1974. Produziu álbuns campeões de vendagens de Clara Nunes (Claridade) e de João Nogueira (Vem Quem Tem). Em 1977, gravou o álbum O Som Brasileiro, acompanhando a diva americana Sarah Vaughan. Samambaia, registro em duo com ele ao violão e César Camargo Mariano ao piano, é um dos melhores trabalhos instrumentais da música brasileira. No auge, o craque deu uma senhora pirada e saiu de cena. Voltou de forma surpreendente, convertido à religião evangélica e desdobrando-se entre o estúdio e o púlpito. A mestria musical, no entanto, segue intocada, quem for lá, ouvirá.
ABAIXO, PALINHA RECENTE DE HÉLIO DELMIRO (ele divide O Barquinho com outra fera, o guitarrista Ricardo Silveira, no programa Estudio 66. Notem como a coisa começa inocente, mas logo desvaria de forma deliciosamente jazzy)

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=8VHxounDVXc?feature=oembed&w=500&h=375%5D

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