Elo encontrado na genealogia do rock nacional
Edição recente da nossa VEJA RIO trouxe, na seção Memória da Cidade, um texto dedicado ao livro Histórias Secretas do Rock Brasileiro (Grupo 5W, R$ 59,90, 352 págs.), de Nelio Rodrigues, sobre a cena roqueira do país em geral, e do Rio em particular, nos anos 60 e 70 (link para a matéria AQUI). Pesquisador musical de […]
Edição recente da nossa VEJA RIO trouxe, na seção Memória da Cidade, um texto dedicado ao livro Histórias Secretas do Rock Brasileiro (Grupo 5W, R$ 59,90, 352 págs.), de Nelio Rodrigues, sobre a cena roqueira do país em geral, e do Rio em particular, nos anos 60 e 70 (link para a matéria AQUI). Pesquisador musical de primeira (tem mais de 6.000 discos de vinil e coleciona recortes de jornal sobre os Beatles desde 1964!), Nelio resgatou um movimento rico, e hoje esquecido, de bandas como The Brazilian Bitles, The Brazilian Monkeys, Os Selvagens e Módulo 1000, que atraíam multidões em programas de TV, além de teatros, clubes e outros palcos da cidade. O título da matéria, “Elo perdido do rock”, enfatiza esse fenômeno único, aparentemente dissociado do iê iê iê reinante e do rock dos anos 80 que estourou depois. Pois bem: no lançamento do livro, na última quinta, dia 22, Frejat, talento surgido naquele BRock da década de 80, apareceu na fila de autógrafos, entre um monte de roqueiros de outrora. Logo alguém explicou que o cantor e guitarrista do Barão Vermelho, também aplaudido em carreira solo, estudou guitarra com Kay Galifi. Personagem do livro, Galifi, italiano criado na Argentina, onde participou de uma banda importante, Los Gatos, veio morar no Brasil (vive aqui até hoje) e foi um dos integrantes do Analfabitles, sucesso nos bailes d’antanho. Como se vê, de perdido, esse elo, lembrado em detalhes no livro de Nelio Rodrigues, não tinha nada.
- A capa do livro: obra joga luz sobre um rico e esquecido momento do rock brasileiro