Elas ainda cantam
Isabelle Geffroy, a cantora Zaz, 33 anos, encanta o público com um pop acima da média. Seu repertório embola jazz, chanson e um toque de música cigana. Na primeira visita ao Brasil, ela dá o ar da graça no Circo Voador, na quinta (20). A moça representa uma valiosa commodity francesa, exportada para o consumo […]

Isabelle Geffroy, a cantora Zaz, 33 anos, encanta o público com um pop acima da média. Seu repertório embola jazz, chanson e um toque de música cigana. Na primeira visita ao Brasil, ela dá o ar da graça no Circo Voador, na quinta (20). A moça representa uma valiosa commodity francesa, exportada para o consumo ávido de plateias mundo afora. A matéria-prima em questão é aquela intérprete cujos charme e beleza rivalizam com o talento musical – quando não o ofuscam. Com vocês, outras dez belezas naturais (ou quase isso) do showbiz francês.
Josephine Baker
Freda Josephine McDonald (1906-1975) nasceu em território americano, no Missouri, mas revelou-se nos palcos e estúdios da França – trocou de nacionalidade, inclusive, em 1937. Estrela internacional, não se apresentava para plateias onde havia segregação racial. A cantora, dançarina e atriz, endoidecia seu público com figurinos como esse da foto, registrado, diga-se, bem antes de Carmen Miranda surgir com seu chapéu tutti-fruti.
Juliette Greco
Ainda jovem, a atriz e cantora nascida em 1927 participou da resistência à invasão nazista e chegou a ser presa pela Gestapo, aos 16 anos. Após o fim da II Guerra, caiu na boemia, onde conheceu artistas e intelectuais como Albert Camus, Jean Cocteau e Jean-Paul Sartre. A partir dos anos 50, Greco desenvolveu fértil carreira como atriz de cinema e teatro, além de cantora. Em Déshabillez-moi (em português, algo como “tire a minha roupa”), uma das pérolas de seu rico repertório, esbanja sensualidade.
Françoise Hardy
A cantora francesa que fez 70 anos em janeiro era um ícone do charme nos anos 60. Estudou Ciências Políticas na Sorbonne, e depois Letras, mas não teve jeito: ganhou a vida com sua eterna voz de garotinha e rostinho de anjo em sucessos gostosos de ouvir até hoje, a exemplo de Le Temps de l’Amour (1964)
Jane Birkin
Nascida em Londres, a atriz e cantora foi casada com o compositor francês Serge Gainsbourg entre 1968 e 1980. Os pais de Charlotte Gainsbourg (que vem a ser a estrela dos dois volumes do filme Ninfomaníaca) fizeram um dueto lúbrico e histórico na canção Je t’Aime Moi Non Plus. Lançada em 1969, a composição alcançou o topo das paradas na Inglaterra, mas foi censurada em vários outros países.
Brigitte Bardot
Nascida em Paris em 28 de setembro de 1934, a atriz francesa hoje é mais conhecida como uma senhora turrona, defensora dos animais. Em 1957, quando estrelou o filme E Deus Criou a Mulher, do então marido Roger Vadim, começou a boquiabrir multidões. No auge, durante a década de 60, foi eleita pela revista Time um dos 100 nomes mais importantes da história da moda. Curiosamente, ela gravou a sensual Je t’Aime Moi Non Plus com Gainsbourg dois anos antes de Jane Birkin, mas o registro só foi lançado décadas depois. Bom, la Bardot ainda por cima cantava, e bem bonitinho, como se ouve nesta interpretação de Maria Ninguém (Carlos Lyra).
Carla Bruni
Italiana de Turim, esposa do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Carla Bruni cresceu em Paris, onde despontou como modelo. Antes de tornar-se primeira-dama, a diva sedutora passou o rodo: há registros de casos dela com os músicos Mick Jagger e Eric Clapton, o empresário Donald Trump e o ator Kevin Costner. Não ao mesmo tempo, claro. Em 1998, trocou as passarelas pela carreira musical. Segue a linha sussurrante de suas antecessoras francesas, como se ouve em Quelq’un Ma Dit.
Nádeah
Australiana, a lourinha trabalhava como garçonete em um café de Paris quando montou sua primeira banda, a loveGods. Seu desempenho no palco logo chamou atenção dos franceses Marc Collin e Olivier Libaux, produtores do projeto Nouvelle Vague. Por três anos, ela soltou a voz na banda da dupla, dedicada a aliar versões cool de clássicos pop e rock à presença magnética de suas cantoras. Em 2012, Nádeah partiu para a carreira solo e lançou o CD Venus Gets Even. No disco, manda muito bem em canções como An Asylum on New Year’s Eve.
Camille
A parisiense Camille Dalmais também passou, na qualidade de beldade fundadora, pelo projeto de cantoras charmosas Nouvelle Vague, mas dois anos antes, em 2002, já tinha iniciado original carreira solo. Em seu repertório próprio, faz biquinho para interpretar canções como La Jeune Fille aux Cheveaux Blancs.
Shy’m
Tamara Marthe veio ao mundo na comuna francesa de Trappes, em 28 de novembro de 1985. Lançou o primeiro disco, Mes Fantaisies, em 2006, e caminhou a passos largos rumo ao posto de mais bem-sucedida cantora francesa da atualidade. Sua especialidade é aquela receita de pop, algum R&B e variações dançantes que pulula nas rádios do mundo. Ouça aqui Et si, canção do disco Caméléon.
Sheryfa Luna
Sheryfa Luna, 25 anos, ganhou uma edição do programa Popstars, uma espécie de The Voice francês, em 2007. Filha de pai argelino e mãe francesa, pôs sua beleza única a serviço de babas pop como M’Envoler.