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Brasov, uma banda diferente

Rosto conhecido na TV, a atriz e humorista Samantha Schmütz é também uma cantora de voz potente. Ela dá nova prova desse talento no show dedicado a variações em torno do R&B que acontece nesta sexta (29), às 21h, no Teatro Rival (entrada a 80 mangos). Com a devida vênia a Samantha, que sai-se bem […]

Por Pedro Tinoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 fev 2017, 18h05 - Publicado em 28 Maio 2015, 22h58
A banda: bom humor, animação ao vivo e repertório eclético, no bom sentido

A banda: bom humor, animação ao vivo e repertório eclético, no bom sentido

Rosto conhecido na TV, a atriz e humorista Samantha Schmütz é também uma cantora de voz potente. Ela dá nova prova desse talento no show dedicado a variações em torno do R&B que acontece nesta sexta (29), às 21h, no Teatro Rival (entrada a 80 mangos). Com a devida vênia a Samantha, que sai-se bem passeando por canções de Beyoncé, Amy Winehouse e Jackson 5, a dica aqui é prestar especial atenção na banda de apoio da moça. Trata-se do Brasov, criado em 1999 e dono de trajetória bastante singular. O conjunto lançou em 2006 o ótimo (e único) disco Uma Noite em Tuktoyaktuk. No bem-humorado e suingado repertório do álbum, as faixas vão do sambalanço a levadas da Europa profunda (Brasov é o nome de uma bela cidadezinha histórica na Romênia), através de composições como Gonzalito Airlines (que você ouve AQUI). Todos no grupo têm outros afazeres musicais – o que explica o único disco lançado e a agenda de shows errática –, mas, quando se juntam, animam a festa. Logo aí embaixo você vai encontrar:

1 uma conversa com Fabiano Krieger, guitarrista da banda, sobre a trajetória deles, o encontro com Samantha Schmütz e a incrível história do segundo disco, inspirado em Noel Rosa (!) e em produção desde 2010 (!!)

2 vídeos marcantes do Brasov, a exemplo do histórico encontro com Gretchen (!!!) no Ballroom, extinta casa de espetáculos no Humaitá, e de um clipe com a participação do galã de outrora, trapalhão honorário e ex-lutador de telecatch Ted Boy Marino (!!!!)

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1 A CONVERSA

Como foi o encontro com a Samantha Schmütz?

A banda foi convidada para tocar no programa Não Tá Fácil pra Ninguém, que ela estrelou no canal Multishow no ano passado. Descobrimos uma vibe parecida, de falar mil besteiras por minuto, e começamos a montar o show junto com ela. No programa tínhamos ensaiadas umas setenta músicas, mas para fazer o show tínhamos que ter mais foco. Apostamos em vertentes do Rhythm’n’Blues. Foi uma ideia do Paulo Gustavo, que cuidou da direção, deu toques bem legais. Foi a deixa para tocarmos juntos Amy Winehouse, Jackson 5, Beyoncé, Mary  J. Blidge, Cee Lo Green. Com o tempo, por causa dos problemas de agenda dos membros da banda, fomos agregando outros músicos, variando a formação. Na galera que vai acompanhar a Samantha no Rival, eu toco guitarra, ao lado de Daniel Vasques (sax), Rafael Miranda (bateria), Lucas Marcier (baixo), Luiz Antônio Gomes (teclado) e Fernanda Gabriela (backing vocal).

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Em 2010, vocês participaram de uma série de shows no CCBB de São Paulo que celebrava o centenário de Noel Rosa (1910-1937). O violonista Luiz Filipe de Lima, diretor musical dessa programação, encantou-se com o grupo e ofereceu-se para produzir um disco do Brasov dedicado ao Poeta da Vila. As gravações começaram logo em seguida. Quando vão acabar?

O disco do Noel está mais perto de ficar pronto do que nunca. Só que tudo o que envolve o Brasov, envolve também malucos enrolados com um monte de coisas diferentes. Luiz Filipe, um mito das sete cordas, também está sempre atarefado. O disco está quase todo pronto, gravado, mixado, falta aquele arremate que nossos outros trabalhos sempre deixam para depois. Eu e Lucas (Mercier) somos sócios em uma produtora de áudio, fazemos muita trilha sonora de cinema e TV. Entre outros, Irmã Dulce, o documentário Democracia em Preto e Branco e Romance Policial, o novo filme do diretor Jorge Durán. O resto da banda vai pelo mesmo caminho. O Felipe Rocha tem carreira de ator, agenda cheia. Ricardo Dias Gomes é da banda Cê, do Caetano, é também da Do Amor, que vive na estrada. Daniel Vasques tem carreira sólida de técnico de som. Rafael, nosso batera, era um dos sócios do festival SWU. O disco está ficando bom, quando a gente para e ouve, vê que está ficando muito legal. Para você ter uma ideia, nosso único disco levou uns quatro anos para ser feito, mais ou menos nesse mesmo esquema.

 “Nenhum samba ficou de pé, eles fizeram bolero, rockabilly, axé, mas foram mais fiéis à iconoclastia do Noel do que muitas outras releituras da obra dele”. Esse baita elogio do Luiz Filipe de Lima, um instrumentista, arranjador e diretor musical prestigiado, aguça a curiosidade em torno do disco. O que vocês fizeram com Noel?

Fizemos carreira tocando música romena, música russa, música brega brasileira. Com a Samantha fomos para outra direção, tocamos pop, R&B. Isso é enriquecedor. Noel é outra experiência incrível nesse sentido. No disco inteiro, só uma música continuou como samba. O resto nós trouxemos para o universo do Brasov. Tem bolero, tem axé, Pra que Mentir virou um tango. Demos uma enlouquecida no Noel, o que não é problema, porque ele é um doido. Só um doido seria o autor de Mulher Indigesta, aquela que “merece um tijolo na testa”. Entre as gerações que o sucederam, há uma tremenda reverência em torno da obra dele. Achamos que esse respeito é meio excessivo.

2 OS VÍDEOS

Eles com a Gretchen no Ballroom, show de dez anos da banda

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[youtube https://www.youtube.com/watch?v=RpiRMHHjr80?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Eles novinhos, no clipe O Homem-Objeto, de 2009 (com participação do Ted Boy Marino!)

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=2BZcNUm3viw?feature=oembed&w=500&h=375%5D

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Eles tocando Kalashnikov no programa de TV Altas Horas

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=10thcs6qIQk?feature=oembed&w=500&h=375%5D

 

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