As muitas caras musicais de Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes pega a ponte-aérea para, na terça (11), às 21h, no Theatro Net Rio, mostrar mais uma vez aqui na cidade seu delicioso espetáculo com dois violões. Ao vivo, acompanhado apenas pelas cordas de Chico Salém e Betão Aguiar, ele empresta suavidade à interpretação de canções como O Pulso e Essa Mulher. No […]
Arnaldo Antunes pega a ponte-aérea para, na terça (11), às 21h, no Theatro Net Rio, mostrar mais uma vez aqui na cidade seu delicioso espetáculo com dois violões. Ao vivo, acompanhado apenas pelas cordas de Chico Salém e Betão Aguiar, ele empresta suavidade à interpretação de canções como O Pulso e Essa Mulher. No palco, pega mais leve até naquele seu elástico, e tremendamente divertido, jeito de dançar. O show é um barato, mas o assunto aqui é outro: essa é uma das suas muitas caras musicais. Chama atenção a forma como o ex-titã inventa (e se reinventa) artisticamente, sem parar, desde o início da carreira. Lá nos primórdios, ele integrava a turma de Aguilar e a Banda Performática, conhecida em São Paulo por seus shows com cara de happening, liderado pelo artista multimídia José Roberto Aguilar. O grupo chegou a gravar um disco em 1982, mesmo ano em que Arnaldo passou-se para o Titãs do Iê-Iê, depois abreviado para o até hoje famoso Titãs. Dez anos depois, ele deixou a banda para engrenar em versátil carreira solo. Durante todo esse tempo, Arnaldo Antunes já fez pop farofa com os Tribalistas (ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown), participou de um divertido conjunto fake (Vestidos de Espaço, em 1988), compôs trilha sonora para o grupo Corpo (a coreografia O Corpo, de 2000), gravou, com Edgar Scandurra e o malinês Toumani Diabaté, mestre do corá, uma espécie harpa africana, o belo disco A Curva da Cintura (2011), lançou o projeto infantil Pequeno Cidadão (2009), emprestou especial interpretação para composições de Nelson Cavaquinho (Juízo Final) e Lupicínio Rodrigues (Judiaria)… Fez de um tudo. Confira, abaixo, alguns desses momentos únicos.
Em 1988, Arnaldo, os também titânicos Branco Mello e Charles Gavin, além da cantora Paula Toller, entre outros caras de pau, inventaram a banda Vestidos de Espaço para mostrar que era fácil estourar com música ruim. Conseguiram.
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Com o parceiro fiel Edgar Scandurra, Arnaldo fez muitos projetos: em um deles só os dois dividiram o palco para interpretar composições como Elisa, de Serge Gainsbourg.
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Scandurra, de novo, Arnaldo Antunes e o malinês Toumani Diabaté gravaram o belo A Curva da Cintura. Uma das faixas do disco é Que Me Continua.
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