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Bares, histórias e encantos do Rio de Janeiro
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Duas revoltas, dois fotógrafos (I): Gutierrez e Teixeira

Começo pelo primeiro, o fotógrafo espanhol Juan Gutierrez que cá esteve no fim do século 19 e presenciou as tensões político-sociais pelas quais o Rio passou nos primeiros anos da República. Insatisfeitos com o governo do marechal Floriano Peixoto, setores da Marinha, comandados pelo almirante Saldanha da Gama, se rebelaram, dando início em 1893 ao […]

Por rafaelsentose
Atualizado em 25 fev 2017, 19h04 - Publicado em 19 jun 2013, 14h15

Começo pelo primeiro, o fotógrafo espanhol Juan Gutierrez que cá esteve no fim do século 19 e presenciou as tensões político-sociais pelas quais o Rio passou nos primeiros anos da República. Insatisfeitos com o governo do marechal Floriano Peixoto, setores da Marinha, comandados pelo almirante Saldanha da Gama, se rebelaram, dando início em 1893 ao movimento que entrou para a história como a Revolta da Armada. Na frieza dos livros didáticos de história, não nos damos conta da gravidade e das consequências da revolta para os cariocas de então. Foi lendo o relato de um jornalista que, assim como o espanhol Juan Gutierrez presenciou a ação dos revoltosos, me dei conta da real dimensão do movimento. Abaixo, destaco alguns trechos do relato deste jornalista e posto registros impressionantes feitos por Gutierrez.

“Um grande número de projéteis e balas de canhão tirados das ilhas de Villegagnon e das Cobras (veja nas fotos abaixo) é deixado nos bairros vizinhos ao litoral.  Muito exposto, o hospital da Misericórdia, é alvo de pelo menos 300 projéteis de grosso calibre, mas nenhum deles fez vítimas em seu interior. O número de civis mortos ou gravemente feridos nas ruas ou em suas casas é bastante considerável: foram mais de 200″

“Ele [marechal Floriano] marca para o dia 13 de março de 1894 o bombardeio e convida a população a se retirar para longe do centro da cidade. Antes da hora designada para o ataque, o almirante Saldanha da Gama, com seus oficiais e marinheiros, pedem asilo ao comandante da divisão naval portuguesa”

“Esta revolta naval dura mais de seis meses de bombardeios quase incessantes, durante os quais a baía do Rio de Janeiro foi completamente  dominada pelas revoltas (…) No começo dessa guerra civil, a maioria dos governos da Europa e Estados Unidos envia ao Rio navios de guerra para proteger seus interesses nacionais”

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As fotos acima foram vendidas num leilão na Inglaterra em 2011 num lote que totalizavam 173 imagens. Depois descobri que o Museu Histórico Nacional possui estas e muitas outras de Juan Gutierrez em seu acervo. Vale à pena conhecer a galeria virtual da instituição 

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