Empresa aposta em educação infantil domiciliar no Rio
Especializada em educação infantil domiciliar, a Poppins busca desenvolver as crianças por meio de brincadeiras e atividades direcionadas por especialistas
Imagine o cenário: home office implementado às pressas, crianças sem escola e sem poder sair para passear, caos instalado por todos os lados. Você também se enxergou por aí em um passado não tão distante? Foi para salvar mães e pais aflitos durante a pandemia que nasceu a Poppins micro-schools, empresa especializada em educação infantil domiciliar que acaba de chegar ao Rio e já conta com mais de 50 profissionais especializados espalhados pela cidade e também pela capital paulistana, onde tudo começou.
A proposta é simples: levar a experiência da escola para dentro de casa, por meio de planejamento pedagógico, materiais personalizados e educadora exclusiva – todas são formadas em pedagogia, psicologia ou letras e passam por um processo seletivo rigoroso – para pequenos de 4 meses a 4 anos de idade.
Durante os encontros, que costumam ter 4h, as crianças trabalham questões que estimulam as habilidades motoras, socioemocionais e cognitivas como linguagem, introdução a matemática e ciências. Os valores são a partir de R$ 820/mês para grupo de até três crianças por educadora ou individual a partir de R$ 1.640/mês e os pacotes são personalizados de acordo com a necessidade de cada criança do ponto de vista de desenvolvimento.
De acordo com a fundadora Marcella Cohen, a empresa surgiu pela própria necessidade, que na época atuava como gerente de marketing em uma grande multinacional em São Paulo, ao se deparar com os desafios de conciliar o trabalho e as rotinas domésticas – o que incluía os cuidados com a pequena Olívia, na época com 7 meses.
“Tinha que pensar em alternativas cada vez que minha filha voltava doente da creche. Não tenho redes de apoio na cidade e, por mais que a pediatra recomendasse que ela ficar em casa até os dois anos de idade, eu não tinha nenhuma alternativa. E então pensei em criar uma solução completa, que unisse saúde e segurança das crianças, ao mesmo tempo em que oferecesse todos os estímulos que elas precisam na primeira infância”, conta ela.
Sobre o homeschooling não ser aprovado no Brasil, Marcella pontua que, apesar de ter uma proposta de educação domiciliar, a Poppins incentiva que a criança frequente a escola quando atingir a idade obrigatória.
“Nosso papel é auxiliar as mães que não estejam seguras de colocar os pequenos em uma instituição neste momento, mas que eles sejam desenvolvidos enquanto estão dentro de casa. Além disso, é uma boa alternativa para reforço escolar e também no contraturno das aulas”, ressalta ela, que se inspirou em startups de edtechs dos Estados Unidos e tropicalizou o conceito de micro escolas, espaços dentro das comunidades ou bairro adaptados para receber pequenos grupos de criança.
Uma das clientes é a apresentadora Titi Müller, mãe de Benjamin, de 1 ano e 5 meses. A escolha pela educação domiciliar há seis meses, segundo ela, foi para ficar mais perto do filho e por não estar segura em expor ele a outros ambientes.
“Sou uma mãe de pandemia, bem apegada, gosto de ouvir a risadinha dele no quarto ao lado enquanto brinca, por exemplo. Além disso, estava um pouco perdida em relação aos estímulos corretos para a idade, preocupada em antecipar alguma fase e com outras angústias, como introdução alimentar e questões neurológicas. Hoje a Poppins virou minha rede de apoio, inclusive por termos os mesmos valores. Estamos felizes e seguros”, conta.
Inspirado no filme clássico da Disney “Mary Poppins”, o negócio já conta com mais de 300 clientes interessados em conhecer o serviço. “Nossa proposta é atender cada vez mais famílias e mostrar que é possível conciliar o cuidado com a criança e o estímulo pedagógico necessário para um desenvolvimento saudável”, finaliza a executiva.